Além do pouco tempo de preparação, o Brasil tem outra preocupação para Pequim: o endurecimento da postura dos clubes na liberação de atletas.
A exemplo da novela para liberação de jogadores para a Copa América e a Copa Africana de Nações, os clubes europeus não querem ceder seus jogadores – até aqueles com menos de 23 anos - às seleções sul-americanas. Especificamente, Brasil e Argentina - que dão muito mais importância ao título dos jogos olímpicos que os europeus - já haviam sido podados os seus principais atletas, os mais experientes, para a disputa das Olimpíadas.
Novamente no meio do fogo cruzado, a FIFA, entidade máxima do futebol. Tal qual em outros episódios – como o dos jogos na altitude, por exemplo – a FIFA não tem um estatuto ou algo do tipo definindo a situação. Historicamente, após acordo com o COI em 1992, as seleções levariam um elenco sub-23 e dentre eles, contar com até três jogadores além do limite etário pré-estabelecido. No entanto, com o calendário cada vez mais apertado e após uma Eurocopa que tomou quase um mês deste 2008, os clubes desejam se preparar adequadamente para outra desgastante temporada e com os jogadores concentrados em Pequim, isso demoraria mais a acontecer. Somado a esse fato, os jogos olímpicos não constam no calendário oficial da FIFA. Mesmo assim, Joseph Blatter apelou ao “espírito olímpico” dos clubes e determinou que “criar obstáculos à participação de jogadores com menos de 23 anos nos Jogos poderia ser interpretado como um atentado ao espírito olímpico, já que esses jogadores formam o núcleo das equipes que participam do torneio”. Porém, não estipulou nenhum tipo de determinação aos desobedientes ou mesmo incluir as olimpíadas no calendário oficial, por um motivo muito simples: A FIFA sempre deixou claro que não deseja valorizar o torneio olímpico de futebol, temendo que este fosse confrontar a menina dos olhos da entidade, a Copa do Mundo de Futebol.
De outro lado, os clubes estão se apoiando nas brechas dadas por Blatter. Especificamente nessa briga, os clubes diretamente envolvidos – Barcelona (Messi), Werder Bremen (Diego) e Schalke 04 (Rafinha) – estão apoiados pelas respectivas federações nacionais e pela Associação Européia de Clubes (ECA, substituta do G-14). Tanto estão amparados que os alemães estão dispostos a levar o caso às últimas conseqüências, ou seja, julgamento no Tribunal Arbitral do Esporte. Tudo isso a pouco mais de duas semanas do início do torneio.
Enquanto isso, os jogadores não sabem o que vai acontecer. Os clubes ameaçam com a recisão de seus contratos (o que racionalmente, jamais aconteceria) ou dão um “jeitinho”, como no caso Robinho-Real Madrid, que está contundido em uma situação não esclarecida e por conta disso, está fora dos Jogos. Contudo, o camisa 10 está “se tratando” na pré-temporada dos merengues. O choque de interesses é notório, mas não é aberto. Se a FIFA não deseja um torneio que possa “rivalizar” com a Copa, deveria estabelecer a ida de jogadores juniores a Pequim, ou mesmo ponderar a retirada do futebol dos Jogos, já que o futebol não pode - e não é - mais importante a Olimpíada. Falta uma resolução definida e peitar os clubes, já que ela é a manda-chuva no mundo do futebol. E apesar do metodismo, os clubes estão exercendo seu direito de investimento sobre os jogadores, apoiando-se estritamente nas falhas da entidade máxima do futebol. Coisas que envolvem dinheiro e interesses devem ser bem claras e especificadas. Ou não há espírito olímpico que valha a disputa dos Jogos Olímpicos.
Novamente no meio do fogo cruzado, a FIFA, entidade máxima do futebol. Tal qual em outros episódios – como o dos jogos na altitude, por exemplo – a FIFA não tem um estatuto ou algo do tipo definindo a situação. Historicamente, após acordo com o COI em 1992, as seleções levariam um elenco sub-23 e dentre eles, contar com até três jogadores além do limite etário pré-estabelecido. No entanto, com o calendário cada vez mais apertado e após uma Eurocopa que tomou quase um mês deste 2008, os clubes desejam se preparar adequadamente para outra desgastante temporada e com os jogadores concentrados em Pequim, isso demoraria mais a acontecer. Somado a esse fato, os jogos olímpicos não constam no calendário oficial da FIFA. Mesmo assim, Joseph Blatter apelou ao “espírito olímpico” dos clubes e determinou que “criar obstáculos à participação de jogadores com menos de 23 anos nos Jogos poderia ser interpretado como um atentado ao espírito olímpico, já que esses jogadores formam o núcleo das equipes que participam do torneio”. Porém, não estipulou nenhum tipo de determinação aos desobedientes ou mesmo incluir as olimpíadas no calendário oficial, por um motivo muito simples: A FIFA sempre deixou claro que não deseja valorizar o torneio olímpico de futebol, temendo que este fosse confrontar a menina dos olhos da entidade, a Copa do Mundo de Futebol.
De outro lado, os clubes estão se apoiando nas brechas dadas por Blatter. Especificamente nessa briga, os clubes diretamente envolvidos – Barcelona (Messi), Werder Bremen (Diego) e Schalke 04 (Rafinha) – estão apoiados pelas respectivas federações nacionais e pela Associação Européia de Clubes (ECA, substituta do G-14). Tanto estão amparados que os alemães estão dispostos a levar o caso às últimas conseqüências, ou seja, julgamento no Tribunal Arbitral do Esporte. Tudo isso a pouco mais de duas semanas do início do torneio.
Enquanto isso, os jogadores não sabem o que vai acontecer. Os clubes ameaçam com a recisão de seus contratos (o que racionalmente, jamais aconteceria) ou dão um “jeitinho”, como no caso Robinho-Real Madrid, que está contundido em uma situação não esclarecida e por conta disso, está fora dos Jogos. Contudo, o camisa 10 está “se tratando” na pré-temporada dos merengues. O choque de interesses é notório, mas não é aberto. Se a FIFA não deseja um torneio que possa “rivalizar” com a Copa, deveria estabelecer a ida de jogadores juniores a Pequim, ou mesmo ponderar a retirada do futebol dos Jogos, já que o futebol não pode - e não é - mais importante a Olimpíada. Falta uma resolução definida e peitar os clubes, já que ela é a manda-chuva no mundo do futebol. E apesar do metodismo, os clubes estão exercendo seu direito de investimento sobre os jogadores, apoiando-se estritamente nas falhas da entidade máxima do futebol. Coisas que envolvem dinheiro e interesses devem ser bem claras e especificadas. Ou não há espírito olímpico que valha a disputa dos Jogos Olímpicos.
6 comentários:
essa seleção olimpica, vai dar ouro para o BRASIL
o destaque do brasil vai ser o ALEXANDRE PATO
eu vou botar o link do seu blog la no meu blz?
seu blog esta muito maneiro.
abraço
fui
É uma palhaçada o que os clubes europeus estão fazendo para não deixar os jogadores disputarem as olimpiadas. Só o Ronaldinho Gaúcho liberado sem problemas pra fazer um pré-temporada de luxo. E os clubes brasileiros, que realmente estão sendo prejudicados, por perder seus jogadores no meio do Campeonato Brasileiro, não se manifestam de forma contraria, a convocação de seus atletas.
classeaesportes.blogspot.com
Acredito no repeteco argentino.
Abrazo!
http://gambetas.blogspot.com
ps.: Excelente título.
Com o Dunga no Comando, não temos a menor chance.
Warley Morbeck
http://flamengoeternamente.blogspot.com/
Fala, André!
Com menos de 23 anos, os jofadores podem e devem ser liberados pelos clubes. Se tiver mais de 23, não acho que se deve fazer escândalo se os clubes não liberarem. Os clubes tb têm seus direitos.
Abraços e não deixe de aparecer em nosso blog: www.esportejornalismo.blogspot.com.
Só se pode fazer alarde quando o jogador tem mais de 23 anos, então, não vejo o porquê dos clubes ficarem nesse chove não molha.
Eu estou com um pé atrás com essa seleção, tudo por causa do comandante dela.
http://pernambola.blogspot.com/
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