Espanha campeã: vitória de um futebol jovem, aplicado e bonito de se ver. Enfim, o bom futebol triunfou nesta Eurocopa. Após aturarmos o foco defensivo e o jogo aéreo da Grécia em 2004, poderíamos ver um campeão tradicional, porém, que peca pela simplicidade e pelo pragmatismo. A Alemanha, inegavelmente, tem bons valores. Mas quando pegou times que sabiam jogar com a bola no chão e tinham um meio campo habilidoso e versátil, sucumbiu. Como já havia ocorrido com a Croácia e neste domingo, com o futebol solidário da Espanha.
Melhor ataque, melhor defesa e futebol mais constante. Figurando como grande, mas vista com alguma desconfiança nesta Euro, a Espanha prova que está criando uma boa geração, que pode chegar mais longe do que o campeonato europeu de seleções. Agora, sem o estigma de “amarelar”. Soube decidir, jogar com a vantagem a seu favor. E mesmo com seus atacantes não atuando de forma regular, a zaga da Fúria foi soberba e o meio-campo, quase perfeito. Não é a toa que
Marcos Senna figura como candidato a ser um dos melhores do torneio, ao lado do goleiro Casillas. E ainda acho que faltou a devida menção a Xavi Hernández, símbolo do auxílio na parte defensiva e ofensiva, como já faz há tempos no Barcelona. A parceria com Iniesta mostrou-se eficaz e decisiva para a seleção espanhola. David Silva trouxe rapidez, principalmente nos contra-ataques, do lado esquerdo, enquanto Fabregas foi reserva, mas com status e capacidade de estar entre os onze. Sempre que entrou, mostrou o potencial que o elevou a ser um dos principais atletas da última
Premier League, com apenas 21 anos.
Aliado ao fato de tão importante conquista, a base desta seleção é relativamente jovem. A média de idade da equipe nesta Euro girou em torno de 27 anos, mas se considerarmos as peças-chave da equipe, como Casillas, Puyol, Sérgio Ramos, Senna, Fabregas, Iniesta, Xavi, Silva, Villa e Torres, a média cai para pouco menos de 25 anos. Uma geração que poderá ter mais dois anos de maturação para chegar longe na Copa de 2010, na África do Sul. É claro que tudo dependerá do técnico que irá assumir a Fúria – já que Aragonés está de partida para o Fenerbahçe. E ainda estão surgindo bons valores que podem futuramente fazer parte desta seleção, como os jovens Asenjo, Capel, Jesus Navas, Fran Mérida e Bojan Krkic, por exemplo.
Essa Eurocopa não teve um grande destaque individual. Nenhuma unanimidade. Porém, o futebol solidário e versátil foi premiado. E que o futuro da Fúria possa se pintar sempre
em vermelho. Pois se trata de uma seleção que sempre teve bons valores, mas que tinha medo de vencer os próprios estigmas e estereótipos que lhe foram atribuídos.
4 comentários:
Vitória da melhor equipa. Vou adicionar o vosso link na minha lista. Espero que façam o mesmo.
Título merecido de fato...... tem tudo para chegar forte na Copa....
Ela, a Fúria, deve ir forte à África do Sul, mesmo.
Cobertura impecável da Eurocopa.
A Espanha passou de eterna promessa para uma grata revelação.
Dessa vez, foi feita justiça no futebol.
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