Agora, a Seleção Brasileira é o centro das atenções da imprensa. Infelizmente, não pelos resultados expressivos ou pelo futebol apresentado (caiu para a terceira colocação do conturbado Ranking da FIFA), mas pelas polêmicas desnecessárias criadas pela convocação dos jogadores para a Copa América, que será disputada entre 26 de junho e 15 de julho, na Venezuela.
Após os conturbados pedidos de dispensa por parte de Kaká e Ronaldinho Gaúcho (alegando precisar de descanso) e de Zé Roberto (que optou não mais defender o Brasil), o epicentro das discussões é a apresentação imediata de Robinho na Granja Comary, local de treinamentos da Seleção onde os jogadores do elenco canarinho já se preparam para a Copa América. A questão é: Robinho tem um jogo decisivo pelo Real Madrid neste domingo, 17 de junho, contra o Mallorca. Uma vitória dos merengues lhes garante o título espanhol, após três anos de jejum. Do outro lado, a CBF afirma que a data FIFA para a apresentação dos jogadores para a competição continental expira nessa semana. Se você fosse o Robinho, o que faria? Se o camisa 10 do Real intervir junto ao técnico Dunga para jogar a decisão, provalvelmente receberá críticas tanto de Dunga, quanto de parte da imprensa. E se ele acata a decisão da Seleção pedindo dispensa do Real, deixa o time que lhe paga salários e que investiu nele na mão, no jogo mais importante do clube nessa temporada. O jogador vira refém da situação.
A rixa entre CBF e Real Madrid é antiga e envolve outros episódios onde o clube merengue não liberou jogadores para a Seleção em outras oportunidades, muitas delas para amistosos insignificantes e caça-níqueis (Malásia, Hong Kong, etc.). E o “troco” da CBF acerta em cheio ao jogador, além dos interesses do Real. “Falamos que tudo no Brasil é uma bagunça. Mas quando fazemos tudo nos prazos, as pessoas tentam desvirtuar e colocar a culpa no brasileiro. Reclamamos muito da organização. O futebol brasileiro está respeitando as regras que foram impostas. O torcedor brasileiro foi prejudicado porque a seleção não joga no Brasil. Então, estamos dentro daquilo que foi programado pela FIFA”, afirmou Dunga ao site Globo Esporte.
Mas o que Dunga precisa avaliar é que o Real Madrid cumpre a tabela feita pela Federação Espanhola. Então, o clube é culpado porque a data do jogo mais importante do ano coincide com a apresentação dos selecionáveis para a Copa América? Na minha opinião, Dunga, que chegou com um discurso de renovação e humildade a frente do cargo de técnico do Brasil, não teve o bom senso de sequer conversar com o atleta. Será que o jogador não gostaria de estar em campo e ajudar o Real Madrid a conquistar um título? Duvido que a resposta de Robinho seria negativa, já que ele roeu o osso na fase ruim dos madrileños. Agora, na hora do filé, ele tem de sair. O Real não teve problemas de liberação de jogadores do seu elenco somente com a Seleção Brasileira. Por possuir um elenco globalizado, sempre ocorreram problemas com outras federações. No entanto, a Associação de Futebol Argentino (AFA) liberou Gago e Higuaín para atuar na decisão do Espanhol, além de liberar Messi para jogar pelo Barcelona, que também briga pelo caneco. E não foi só a AFA que se mostrou benevolente. O jogador Diarra, de Mali, também foi liberado por sua seleção para ajudar o Real, assim como o paraguaio Morel Rodríguez, liberado por sua seleção para disputar a final da Libertadores pelo Boca.
Mas a CBF não é a única vilã. A FIFA, que deveria atuar com justiça, não respaldou os espanhóis, pois a entidade prevê a perda de três pontos, no caso do clube utilizar um jogador convocado e não liberado para sua respectiva seleção. São muitos culpados para poucas ações. E mesmo em meio aos muitos interesses conflitantes, faltou bom senso a Dunga. E não só no caso Robinho. Esses degastes podem comprometer a preparação da equipe brasileira para tentar levar a Copa América. Será que o Brasil precisa de um técnico tão irredutível assim?
Após os conturbados pedidos de dispensa por parte de Kaká e Ronaldinho Gaúcho (alegando precisar de descanso) e de Zé Roberto (que optou não mais defender o Brasil), o epicentro das discussões é a apresentação imediata de Robinho na Granja Comary, local de treinamentos da Seleção onde os jogadores do elenco canarinho já se preparam para a Copa América. A questão é: Robinho tem um jogo decisivo pelo Real Madrid neste domingo, 17 de junho, contra o Mallorca. Uma vitória dos merengues lhes garante o título espanhol, após três anos de jejum. Do outro lado, a CBF afirma que a data FIFA para a apresentação dos jogadores para a competição continental expira nessa semana. Se você fosse o Robinho, o que faria? Se o camisa 10 do Real intervir junto ao técnico Dunga para jogar a decisão, provalvelmente receberá críticas tanto de Dunga, quanto de parte da imprensa. E se ele acata a decisão da Seleção pedindo dispensa do Real, deixa o time que lhe paga salários e que investiu nele na mão, no jogo mais importante do clube nessa temporada. O jogador vira refém da situação.
A rixa entre CBF e Real Madrid é antiga e envolve outros episódios onde o clube merengue não liberou jogadores para a Seleção em outras oportunidades, muitas delas para amistosos insignificantes e caça-níqueis (Malásia, Hong Kong, etc.). E o “troco” da CBF acerta em cheio ao jogador, além dos interesses do Real. “Falamos que tudo no Brasil é uma bagunça. Mas quando fazemos tudo nos prazos, as pessoas tentam desvirtuar e colocar a culpa no brasileiro. Reclamamos muito da organização. O futebol brasileiro está respeitando as regras que foram impostas. O torcedor brasileiro foi prejudicado porque a seleção não joga no Brasil. Então, estamos dentro daquilo que foi programado pela FIFA”, afirmou Dunga ao site Globo Esporte.
Mas o que Dunga precisa avaliar é que o Real Madrid cumpre a tabela feita pela Federação Espanhola. Então, o clube é culpado porque a data do jogo mais importante do ano coincide com a apresentação dos selecionáveis para a Copa América? Na minha opinião, Dunga, que chegou com um discurso de renovação e humildade a frente do cargo de técnico do Brasil, não teve o bom senso de sequer conversar com o atleta. Será que o jogador não gostaria de estar em campo e ajudar o Real Madrid a conquistar um título? Duvido que a resposta de Robinho seria negativa, já que ele roeu o osso na fase ruim dos madrileños. Agora, na hora do filé, ele tem de sair. O Real não teve problemas de liberação de jogadores do seu elenco somente com a Seleção Brasileira. Por possuir um elenco globalizado, sempre ocorreram problemas com outras federações. No entanto, a Associação de Futebol Argentino (AFA) liberou Gago e Higuaín para atuar na decisão do Espanhol, além de liberar Messi para jogar pelo Barcelona, que também briga pelo caneco. E não foi só a AFA que se mostrou benevolente. O jogador Diarra, de Mali, também foi liberado por sua seleção para ajudar o Real, assim como o paraguaio Morel Rodríguez, liberado por sua seleção para disputar a final da Libertadores pelo Boca.
Mas a CBF não é a única vilã. A FIFA, que deveria atuar com justiça, não respaldou os espanhóis, pois a entidade prevê a perda de três pontos, no caso do clube utilizar um jogador convocado e não liberado para sua respectiva seleção. São muitos culpados para poucas ações. E mesmo em meio aos muitos interesses conflitantes, faltou bom senso a Dunga. E não só no caso Robinho. Esses degastes podem comprometer a preparação da equipe brasileira para tentar levar a Copa América. Será que o Brasil precisa de um técnico tão irredutível assim?
2 comentários:
A CBF e a FIFA acham que estão acima das leis. Mas elas não podem tudo não. Ainda mais quando os jogadores ganham milhões e ficam bem mais a vontade para não se meterem em roubadas. O Zé Roberto é o exemplo.
Essa polêmica toda não vai dar em nada. Robinho já declarou que quer jogar a última rodada do espanhol e vai jogar. Dunga vai ficar com carinha de brabo, mas terá que esquecer porque o atacante do Real é titular do seu ataque, que conta com o "eficiente" Afonso Alves.
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