Caso Terry foi o maior desafio de Capello à frente da Inglaterra. Mais do que reconstruir uma equipe sem identidade, após ficar fora da Euro 2008
Nos últimos amistosos entre seleções – para a maioria, o último antes das convocações finais para a Copa do Mundo – mais do mesmo: Espanha, Brasil, Inglaterra e Holanda mantendo sua regularidade e rotina de vitórias, Argentina arrancando uma suada vitória, Alemanha e Itália jogando para o gasto, enquanto a França era derrotada e novamente, mal dirigida. Mas gostaria de atentar uma seleção em específico, que teve seu quadro mudado desde o final das Eliminatórias para a Copa: a Inglaterra.
Dentro de campo, uma boa vitória sobre a organizada seleção do Egito – que daria mais competitividade ao Mundial, caso estivesse qualificada -, com destaques para os coadjuvantes Crouch e Wright-Philips. A mudança, no caso do English Team, é de fora para dentro: os escândalos recentes envolvendo atletas da equipe deram uma balançada na base do time, falando como elenco de futebol.
No caso entre Terry e Bridge, os desdobramentos fora de campo – principalmente nos sensacionalistas tablóides britânicos – respingaram dentro da Inglaterra de Fabio Capello. Bridge, que mesmo não sendo titular da lateral esquerda, era presença constante nas convocações, não deverá voltar ao time, conforme decisão dele mesmo. Já Terry, perdeu a tarja de capitão, e com certeza, um pouco de prestígio junto a vários companheiros. Mais do que na cultura do futebol brasileiro, o capitão de uma equipe de futebol representa uma figura diferente na moralista sociedade inglesa: realmente, é escolhido aquele que possui compostura, imposição, liderança e identificação. Por isso, a troca do capitão foi traumática, por tudo o que Terry representava (e ainda representa) no futebol inglês. Ferdinand é um bom líder em campo (leia post do blog Papo de Craque sobre o tema), mas o zagueiro do Chelsea, além de atravessar o auge físico e técnico de sua carreira, é um capitão nato há muito mais tempo.
Já o caso de Ashley Cole, embora menos explorado pela imprensa, também pode afetar a equipe. Sua ex-mulher, Cheryl Cole, pediu o divórcio após descobrir uma traição do lateral do Chelsea durante excursão do time aos Estados Unidos, na pré-temporada de 2009/10. Abalado pelo fato, Cole cogitou em entrevista mudar-se da Inglaterra. Além do mais, ele atualmente se recupera de contusão no tornozelo e pode não estar em sua forma ideal na preparação para a Copa. Como dito, seu substituto, Bridge, não joga mais pela Inglaterra. Na partida contra o Egito, Leighton Baines, do Everton, estreou na equipe, o que mostra a inexperiência do jogador dos Toffees.
Para completar o cenário desfavorável, foi convocado para a partida contra os egípcios o zagueiro Ryan Shawcross, responsável pela fratura de Aaron Ramsey, no último sábado em partida entre o Arsenal e o Stoke City. Mesmo com a convocação pré-decidida antes da fatalidade, Capello poderia ter poupado o ainda abalado Shawcross - e tirar outro holofote desnecessário à Inglaterra.
Numa das primeiras entrevistas francas do treinador pós-troca de capitão, o italiano enfatizou que a cultura de ostentação e riqueza do futebol favorece o que ele denominou de “cultura da irresponsabilidade”. Mas o que mais me chamou a atenção nessa entrevista dele ao site do The Times é que Capello enfatizou muito o “espírito de grupo”. "Temos que recriar o espírito de grupo e nos focarmos mais nos treinamentos. Quero falar sobre o desempenho. Quero falar sobre o estilo que jogamos, somente sobre o que realmente acontecer dentro de campo, não fora dele", disse o técnico, afirmando estar farto de explicar as manchetes humilhantes envolvendo seus atletas.
De temperamento forte, Capello terá de mostrar todo o pulso firme que lhe é característico para focar o bom time da Inglaterra nos eixos novamente. E o treinador mostrou mais uma vez o valor de seu trabalho, ao levar uma seleção em frangalhos, em janeiro de 2008, quando a equipe estava fora da Eurocopa, a uma classificação incontestável para o Mundial da África do Sul. - foram 15 vitórias em 21 partidas à frente da equipe. Analisando friamente, Espanha, Brasil e Inglaterra estão praticando o futebol de maior regularidade e chegam como as principais forças desta Copa. Resta saber até que ponto o extra-campo vai influir no English Team no campo de jogo.
Dentro de campo, uma boa vitória sobre a organizada seleção do Egito – que daria mais competitividade ao Mundial, caso estivesse qualificada -, com destaques para os coadjuvantes Crouch e Wright-Philips. A mudança, no caso do English Team, é de fora para dentro: os escândalos recentes envolvendo atletas da equipe deram uma balançada na base do time, falando como elenco de futebol.
No caso entre Terry e Bridge, os desdobramentos fora de campo – principalmente nos sensacionalistas tablóides britânicos – respingaram dentro da Inglaterra de Fabio Capello. Bridge, que mesmo não sendo titular da lateral esquerda, era presença constante nas convocações, não deverá voltar ao time, conforme decisão dele mesmo. Já Terry, perdeu a tarja de capitão, e com certeza, um pouco de prestígio junto a vários companheiros. Mais do que na cultura do futebol brasileiro, o capitão de uma equipe de futebol representa uma figura diferente na moralista sociedade inglesa: realmente, é escolhido aquele que possui compostura, imposição, liderança e identificação. Por isso, a troca do capitão foi traumática, por tudo o que Terry representava (e ainda representa) no futebol inglês. Ferdinand é um bom líder em campo (leia post do blog Papo de Craque sobre o tema), mas o zagueiro do Chelsea, além de atravessar o auge físico e técnico de sua carreira, é um capitão nato há muito mais tempo.
Já o caso de Ashley Cole, embora menos explorado pela imprensa, também pode afetar a equipe. Sua ex-mulher, Cheryl Cole, pediu o divórcio após descobrir uma traição do lateral do Chelsea durante excursão do time aos Estados Unidos, na pré-temporada de 2009/10. Abalado pelo fato, Cole cogitou em entrevista mudar-se da Inglaterra. Além do mais, ele atualmente se recupera de contusão no tornozelo e pode não estar em sua forma ideal na preparação para a Copa. Como dito, seu substituto, Bridge, não joga mais pela Inglaterra. Na partida contra o Egito, Leighton Baines, do Everton, estreou na equipe, o que mostra a inexperiência do jogador dos Toffees.
Para completar o cenário desfavorável, foi convocado para a partida contra os egípcios o zagueiro Ryan Shawcross, responsável pela fratura de Aaron Ramsey, no último sábado em partida entre o Arsenal e o Stoke City. Mesmo com a convocação pré-decidida antes da fatalidade, Capello poderia ter poupado o ainda abalado Shawcross - e tirar outro holofote desnecessário à Inglaterra.
Numa das primeiras entrevistas francas do treinador pós-troca de capitão, o italiano enfatizou que a cultura de ostentação e riqueza do futebol favorece o que ele denominou de “cultura da irresponsabilidade”. Mas o que mais me chamou a atenção nessa entrevista dele ao site do The Times é que Capello enfatizou muito o “espírito de grupo”. "Temos que recriar o espírito de grupo e nos focarmos mais nos treinamentos. Quero falar sobre o desempenho. Quero falar sobre o estilo que jogamos, somente sobre o que realmente acontecer dentro de campo, não fora dele", disse o técnico, afirmando estar farto de explicar as manchetes humilhantes envolvendo seus atletas.
De temperamento forte, Capello terá de mostrar todo o pulso firme que lhe é característico para focar o bom time da Inglaterra nos eixos novamente. E o treinador mostrou mais uma vez o valor de seu trabalho, ao levar uma seleção em frangalhos, em janeiro de 2008, quando a equipe estava fora da Eurocopa, a uma classificação incontestável para o Mundial da África do Sul. - foram 15 vitórias em 21 partidas à frente da equipe. Analisando friamente, Espanha, Brasil e Inglaterra estão praticando o futebol de maior regularidade e chegam como as principais forças desta Copa. Resta saber até que ponto o extra-campo vai influir no English Team no campo de jogo.
Um comentário:
Sendo disparado o técnico de seleções mais bem pago do mundo, com mais de R$20 milhões por ano, não dava para esperar apenas flores né... É por causa de episódios como os citados que a Federação Inglesa paga tão bem os seus treinadores. Metade disso é pra aturar os problemas extra-campo.
Postar um comentário