O anúncio do acerto de Guus Hiddink com a Turquia – que não disputará a Copa de 2010 – mina em muito as chances da Costa do Marfim em realizar uma boa Copa e avançar às oitavas. Os cartolas marfinenses, que vinham negociando com o holandês – semifinalista em 1998 (Holanda) e em 2002 (Coreia do Sul), além do bom trabalho com a zebra Austrália, em 2006 – devem estar muito frustrados com a não-concretização das negociações, já que Hiddink era o nome perfeito para assumir os Elefantes, há pouco mais de três meses para a Copa.
Vahid Halihodzic, técnico da equipe desde maio de 2008, foi demitido pelo mau resultado na Copa Africana de Nações de 2010, onde os favoritos marfinenses caíram nas quartas diante da Argélia. O episódio acirrou as diferenças (dentro e extra-campo) entre o bósnio e os cartolas africanos, que não hesitaram em demití-lo do comando da equipe em fevereiro deste ano, prejudicando as aspirações da equipe na Copa.
Hiddink, que volta ao futebol turco após 20 anos, quando dirigiu o Fenerbahçe em 1990, trabalhou há pouco tempo com duas das principais estrelas da equipe, quando assumiu um turbulento Chelsea: os atacantes Didier Drogba e Salomon Kalou. Com o pouco tempo de trabalho como “tampão” dos Blues – ficou um ano à frente da equipe londrina, acumulando também o cargo de técnico da Rússia – conseguiu domar os egos e quase levou os ingleses à final da Champions, na qual foi eliminada nos últimos minutos pelo Barcelona. Ainda levou uma Copa da Inglaterra, além do vice na Premier League. Por isso, ter dois jogadores de confiança no elenco seria primordial para amenizar a falta de tempo hábil para a reta final da preparação visando o Mundial da África do Sul.
Em sua coluna no site do jornal holandês De Telegraaf, Hiddink explicou os motivos da sua escolha: o desejo da Turquia em sediar a Eurocopa 2016. “Para ser honesto, poucas vezes vi um projeto tão forte. Com seis anos de antecedência, tudo está garantido. O governo já tem 900 milhões de euros já destinados para o projeto. Os aeroportos estão lá, os hotéis são regulamentados, os locais escolhidos e muito mais”, explicou. Foi ventilado que Hiddink pudesse comandar os africanos somente durante a Copa, mas o técnico achou que tal fato prejudicaria seu início de trabalho com os turcos, visando as Eliminatórias da Euro 2012, após a frustração de não participar da Copa de 2010.
Sem nomes de peso ou experientes para assumir a Costa do Marfim, o time – que no papel tem uma equipe tão boa quanto Portugal – entra em grande desvantagem diante dos Lusos para uma segunda vaga no Grupo G, do qual o Brasil é amplo favorito a ser o primeiro colocado e a Coreia do Norte, o saco de pancadas. Portugal, que quase não chegou ao Mundial, chega com moral maior, após conseguir a vaga diante da Bósnia. Mesmo com Drogba e Cristiano Ronaldo em momentos equivalentes de bom futebol, Portugal vai chegar mais coesa e entrosada, já que o futuro novo técnico dos marfinenses - cogita-se o francês Phillip Troussier - terá apenas dois amistosos oficiais para conhecer o time na prática: Paraguai (28 de maio) e Japão (04 de junho). Costa do Marfim estreia no torneio diante dos portugueses, no dia 15 de junho.
Com todo esse imbróglio, quem pode (e deve) tirar vantagem do enfraquecimento da Costa do Marfim é o Brasil, que deve ter sua vida facilitada na fase inicial da Copa.
Vahid Halihodzic, técnico da equipe desde maio de 2008, foi demitido pelo mau resultado na Copa Africana de Nações de 2010, onde os favoritos marfinenses caíram nas quartas diante da Argélia. O episódio acirrou as diferenças (dentro e extra-campo) entre o bósnio e os cartolas africanos, que não hesitaram em demití-lo do comando da equipe em fevereiro deste ano, prejudicando as aspirações da equipe na Copa.
Hiddink, que volta ao futebol turco após 20 anos, quando dirigiu o Fenerbahçe em 1990, trabalhou há pouco tempo com duas das principais estrelas da equipe, quando assumiu um turbulento Chelsea: os atacantes Didier Drogba e Salomon Kalou. Com o pouco tempo de trabalho como “tampão” dos Blues – ficou um ano à frente da equipe londrina, acumulando também o cargo de técnico da Rússia – conseguiu domar os egos e quase levou os ingleses à final da Champions, na qual foi eliminada nos últimos minutos pelo Barcelona. Ainda levou uma Copa da Inglaterra, além do vice na Premier League. Por isso, ter dois jogadores de confiança no elenco seria primordial para amenizar a falta de tempo hábil para a reta final da preparação visando o Mundial da África do Sul.
Em sua coluna no site do jornal holandês De Telegraaf, Hiddink explicou os motivos da sua escolha: o desejo da Turquia em sediar a Eurocopa 2016. “Para ser honesto, poucas vezes vi um projeto tão forte. Com seis anos de antecedência, tudo está garantido. O governo já tem 900 milhões de euros já destinados para o projeto. Os aeroportos estão lá, os hotéis são regulamentados, os locais escolhidos e muito mais”, explicou. Foi ventilado que Hiddink pudesse comandar os africanos somente durante a Copa, mas o técnico achou que tal fato prejudicaria seu início de trabalho com os turcos, visando as Eliminatórias da Euro 2012, após a frustração de não participar da Copa de 2010.
Sem nomes de peso ou experientes para assumir a Costa do Marfim, o time – que no papel tem uma equipe tão boa quanto Portugal – entra em grande desvantagem diante dos Lusos para uma segunda vaga no Grupo G, do qual o Brasil é amplo favorito a ser o primeiro colocado e a Coreia do Norte, o saco de pancadas. Portugal, que quase não chegou ao Mundial, chega com moral maior, após conseguir a vaga diante da Bósnia. Mesmo com Drogba e Cristiano Ronaldo em momentos equivalentes de bom futebol, Portugal vai chegar mais coesa e entrosada, já que o futuro novo técnico dos marfinenses - cogita-se o francês Phillip Troussier - terá apenas dois amistosos oficiais para conhecer o time na prática: Paraguai (28 de maio) e Japão (04 de junho). Costa do Marfim estreia no torneio diante dos portugueses, no dia 15 de junho.
Com todo esse imbróglio, quem pode (e deve) tirar vantagem do enfraquecimento da Costa do Marfim é o Brasil, que deve ter sua vida facilitada na fase inicial da Copa.
2 comentários:
A notícia realmente é péssima para a Costa do Marfim. Queria ver o Hiddink pegando uma boa equipe em um grupo complicado. Ia ser interessante...
Achei que ele ia aceitar. Não teria nada a parder - sem tempo para treinar e enfrentando adversários fortes, não seria muito cobrado; e se vencesse, seria heroi.
Além de poder ter no currículo mais uma Copa do Mundo, a quarta consecutiva com quatro seleções distintas.
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