Bairrismos à parte, entre todos os torneios regionais, o Campeonato Paulista sempre foi considerado o mais difícil de ser conquistado. Parte desse mérito deve-se ao fato de times do interior geralmente encresparem com equipes grandes.
Tanto que nos últimos anos, pelo menos uma zebra perambulou entre os 4 times melhores classificados. Botafogo (2001), Portuguesa Santista (2003), Santo André (2005), Noroeste (2006), São Caetano e Bragantino (2007) e Ponte Preta e Guaratinguetá (2008) exemplificam esta estatística. Isso, para não citar a fatídica final caipira de 2004, vencida pelo São Caetano em cima do Paulista.
Na atual temporada, porém, a história é muito diferente. A supremacia dos gigantes do Estado é visível. A cinco rodadas do término da 1ª fase, Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos aparecem na ponta da tabela. E mesmo com Portuguesa e Santo André ainda presentes na briga, os grandes não dão mostras de que ficarão fora das finais.
Há muitas explicações para o fiasco dos pequenos. Alguns dirão que as contratações do G-4 foram mais acertadas nessa temporada do que em outrora. Outros dirão que o fato dos europeus não “importar” tantos atletas brasileiros neste ano, fortaleceu o elenco dos grandes. Talvez. Até acredito que são argumentos que, de certa forma, até contribuem para essa situação.
Certo mesmo é que fazia tempo que eu não via tantas equipes do interior com um futebol tão medíocre. Times desorganizados taticamente e recheados com atletas extremamente jovens ou veteranos fora de forma tornaram-se a tônica do torneio. Não à toa, a briga para não cair é intensa. A diferença de pontos do 17º colocado, o Noroeste (o primeiro que cai), para o 8º colocado, a Ponte Preta, é de míseros seis pontos.
Basta averiguar a campanha desses times. O Mirassol, por exemplo, permaneceu quatro rodadas invicto, mostrando um futebol ofensivo, com toques rápidos e precisos. Até arrancou um bom empate contra o Santos. Veio a 5ª rodada e a goleada sofrida em casa, diante do Santo André por 3 a 0 mostrou as falhas de posicionamento da equipe auriverde, que até o momento, já tomou 3 gols ou mais, em cinco partidas.
Até mesmo o Noroeste, que desde seu retorno sempre dificultou a vida dos grandes, apresenta uma campanha bem abaixo da crítica. A falta de planejamento do Norusca no início da competição, quando trouxe mais de 30 reforços, custou caro. Alguns atletas, como Valdiran, foram dispensados sem disputar um jogo sequer. Deve ser por isso que a equipe bauruense ainda não saiu da zona de rebaixamento desde então.
Mas, acredito que o pior ainda está por vir. São exatamente essas campanhas pífias e irregulares das equipes do interior paulista que engrossam o coro de jornalistas, dirigentes, torcedores e patrocinadores que não apoiam a preservação dos Estaduais. Por isso, vale o recado. Seria bom, a maioria dos clubes do interior utilizar o ano de 2009 como aprendizado para voltarem em 2010 muito mais competitivos.
Se, em três ou quatro anos, essa desigualdade solidificar-se no Estado, eu arriscaria que os campeonatos locais poderiam sumir do mapa. Caso isso ocorra, a situação dos clubes ficará ainda mais alarmante. Sem atuar o ano todo diante dos grandes times do Estado, o desinteresse do torcedor aumenta. E esse, é o primeiro passo rumo ao ostracismo. Que diga o Novorizontino, vice-campeão estadual de 1990.
Tanto que nos últimos anos, pelo menos uma zebra perambulou entre os 4 times melhores classificados. Botafogo (2001), Portuguesa Santista (2003), Santo André (2005), Noroeste (2006), São Caetano e Bragantino (2007) e Ponte Preta e Guaratinguetá (2008) exemplificam esta estatística. Isso, para não citar a fatídica final caipira de 2004, vencida pelo São Caetano em cima do Paulista.
Na atual temporada, porém, a história é muito diferente. A supremacia dos gigantes do Estado é visível. A cinco rodadas do término da 1ª fase, Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos aparecem na ponta da tabela. E mesmo com Portuguesa e Santo André ainda presentes na briga, os grandes não dão mostras de que ficarão fora das finais.
Há muitas explicações para o fiasco dos pequenos. Alguns dirão que as contratações do G-4 foram mais acertadas nessa temporada do que em outrora. Outros dirão que o fato dos europeus não “importar” tantos atletas brasileiros neste ano, fortaleceu o elenco dos grandes. Talvez. Até acredito que são argumentos que, de certa forma, até contribuem para essa situação.
Certo mesmo é que fazia tempo que eu não via tantas equipes do interior com um futebol tão medíocre. Times desorganizados taticamente e recheados com atletas extremamente jovens ou veteranos fora de forma tornaram-se a tônica do torneio. Não à toa, a briga para não cair é intensa. A diferença de pontos do 17º colocado, o Noroeste (o primeiro que cai), para o 8º colocado, a Ponte Preta, é de míseros seis pontos.
Basta averiguar a campanha desses times. O Mirassol, por exemplo, permaneceu quatro rodadas invicto, mostrando um futebol ofensivo, com toques rápidos e precisos. Até arrancou um bom empate contra o Santos. Veio a 5ª rodada e a goleada sofrida em casa, diante do Santo André por 3 a 0 mostrou as falhas de posicionamento da equipe auriverde, que até o momento, já tomou 3 gols ou mais, em cinco partidas.
Até mesmo o Noroeste, que desde seu retorno sempre dificultou a vida dos grandes, apresenta uma campanha bem abaixo da crítica. A falta de planejamento do Norusca no início da competição, quando trouxe mais de 30 reforços, custou caro. Alguns atletas, como Valdiran, foram dispensados sem disputar um jogo sequer. Deve ser por isso que a equipe bauruense ainda não saiu da zona de rebaixamento desde então.
Mas, acredito que o pior ainda está por vir. São exatamente essas campanhas pífias e irregulares das equipes do interior paulista que engrossam o coro de jornalistas, dirigentes, torcedores e patrocinadores que não apoiam a preservação dos Estaduais. Por isso, vale o recado. Seria bom, a maioria dos clubes do interior utilizar o ano de 2009 como aprendizado para voltarem em 2010 muito mais competitivos.
Se, em três ou quatro anos, essa desigualdade solidificar-se no Estado, eu arriscaria que os campeonatos locais poderiam sumir do mapa. Caso isso ocorra, a situação dos clubes ficará ainda mais alarmante. Sem atuar o ano todo diante dos grandes times do Estado, o desinteresse do torcedor aumenta. E esse, é o primeiro passo rumo ao ostracismo. Que diga o Novorizontino, vice-campeão estadual de 1990.
2 comentários:
Olá Thiago,
Creio q os clubes grandes se prepararam melhor e os pequenos tb perderam a qualidade, por isso,a distancia aumentou...
gostaria de aproveitar pra convida-lo a debater conosco do blog jornalismo esportivo sobre um assunto mto falado nessa semana.
Neste final de semana, o Blog Jornalismo Esportivo traz uma discussão sobre um tema que agitou a semana. O Governo Federal lançou um pacote de medidas que visa modernizar o futebol brasileiro e o item que tem causado mais discórdia é a criação da "Carteirinha do Torcedor", sendo que, nenhuma pessoa poderá entrar nos estádios sem ela.
www.esportejornalismo.blogspot.com
O abismo existe. No Paulistão, ele era bem menor, como as zebras dos últimos anos, o que deixava o campeonato mais emocionante. Acho que é a combinação dos dois fatores que vc apontou: a "melhor" preparação e contratação dos grandes com o despreparo e péssimos "tapa-buracos dos pequenos".
O Paulista é muito inchado com 20 equipes, acho que um campeonato com 12 ou 14 equipes seria de bom tamanho.
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