No primeiro jogo entre Anorthosis Famagusta e Panathinaikos, vitória dos cipriotas por 3 a 1. Repeteco?
Em meados de setembro, quando a fase de grupos da Champions League 2008/2009 começou, muito se especulou sobre quais equipes conseguiriam manter-se entre as 16 melhores que disputariam os “mata-matas”. Fiorentina, Zenit, Fenerbahçe, Shakhtar, enfim, muitas equipes eram candidatas à provável zebra do ano.
O que ninguém poderia imaginar, na verdade, era que justamente o Grupo B seria aquele que reservaria mais surpresas aos torcedores. Acreditar que Internazionale ou Werder Bremen perderiam uma de suas vagas para adversários muito menos badalados como Panathinaikos ou Anorthosis Famagusta parecia inaceitável. Parecia.
Eis que o improvável aconteceu. Apresentando um futebol pífio e pouco eficiente, o time de Bremen não conseguiu confirmar em campo, todo favoritismo esperado. Com Mertesacker e Naldo aquém do seu potencial de marcação, Diego pouco inspirado na criação e Cláudio Pizarro totalmente sumido na frente, os hanseáticos decepcionaram.
A campanha fala por si só. Inicialmente, o empate sem gols na estréia contra o Anorthosis, em pleno Weserstadion fora esquecido após o bom 1 a 1 contra a Internazionale, em Milão. O problema é que daí para frente, só vexame. Novos empates conquistados no apagar das luzes, diante de gregos e cipriotas, além de uma sonora derrota para o Panathinaikos, em Bremen, por 3 a 0.
A eliminação precoce dos alemães fez com que a disputa pela segunda vaga da chave ficasse totalmente aberta. Como os neroazzurris italianos já se garantiram na próxima fase, a briga fica entre os cipriotas do Anorthosis e os gregos do Panathinaikos.
O favoritismo certamente é dos gregos. Além de jogarem em casa, os Verdes são aqueles que possuem um elenco mais equilibrado. A experiente trinca de meio-campistas formada pelo hábil veterano Giorgos Karagounis (ex-Internazionale e Benfica), pelo raçudo brasileiro Gilberto Silva e pelo talentoso sueco Mikael Nilsson passa segurança ao restante do time.
Na frente, o avante Vangelis Mantzios, artilheiro do Panathinaikos na competição com 3 gols marcados, está numa ótima fase e pode ser essencial na busca pela heróica e surpreendente classificação grega. Isso sem comentar na ótima fase do PAO, que nas duas rodadas anteriores, bateu Inter e Werder, fora de casa.
Do lado do Anorthosis pesa o excepcional poder tático da equipe. É um time que mostra muita disposição, não desiste nunca. Utiliza uma forte marcação no meio para roubar a bola do adversário rapidamente e aproveitar seus contra-ataques através de rápidas investidas pelas alas que quase sempre originam bolas alçadas na área.
A grande arma do time de Nicósia é o brasileiro Sávio, o verdadeiro cérebro do time. Todas as bolas de ataque passam por seus pés. Ao lado do iraquiano Hawar Taher forma a dupla mais habilidosa do time. Atrás, o veterano Traiano Dellas lidera a defesa, que certamente sentirá falta do bom arqueiro albanês Beqaj, lesionado.
Promessa de jogo bom, com grandes lances e gols memoráveis? Quase impossível. Veremos, ao menos, dois times brigadores que entrarão no OACA Spiro Louis, em Atenas, dispostos a travar uma partida disputada, decidida nos detalhes. Ah, se o Werder tivesse este espírito...
Um comentário:
Surpreendente de fato, a eliminação do Werder. A grande surpresa da Champions até aqui. Também acho que dá Panathinaikos.
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