9.4.08

De férias

Lamentável, Celso Roth. Quando a tabela da Copa do Brasil mostrou que o tradicionalíssimo Grêmio enfrentaria o semi-desconhecido Atlético Goianiense muitos, como eu, pensaram: “Jogo de favas contadas, Grêmio nas oitavas”.

Afinal, de um lado tínhamos um clube raçudo, atual vice-campeão da Libertadores, que sempre foi famoso por sua eficácia em jogos mata-mata, enquanto que do outro lado havia um modesto campeão Goiano, mero coadjuvante de Vila Nova e Goiás em seu próprio Estado.

Ledo engano, já que o improvável aconteceu. E não é que o time bicampeão brasileiro e tetracampeão da Copa do Brasil sucumbiu a força (?) do remendado e refugado tricolor goiano?

Pois convenhamos, o Atlético é uma verdadeira colcha de retalhos. A defesa conta com o veterano Jairo, o rodado lateral Barão e o canhoto Julinho (sim, é aquele promissor lateral do Paulista que foi para o Corinthians e mal jogou na equipe).

Já o meio-campo da equipe relembra o Gama quando rebaixado à Série B: Pituca, Robston e Lindomar, todos estavam lá. Ao lado deles, o craque do time, o habilidoso, porém instável Anaílson. O ataque tem o esquecido Adriano Magrão (ex-Fluminense) e uma dupla vinda da Bahia formada por Sorato e Neto Potiguar. É mole?

Ok, ok. A equipe do Grêmio também não é lá “essas coisas”. Pior do que perder peças importantes como Diego Souza, Tuta, Tcheco, Gavillán e o técnico Mano Menezes, foi não saber repor estes desfalques com inteligência.

Atualmente, excetuando o promissor zagueiro Leo e o experiente Eduardo Costa, salvam-se mais alguns outros bons nomes, e só. Amostra de como a diretoria tricolor investiu muito mal em suas contratações.

“Trocou” laterais com o rival Inter e levou a pior, quando ficou com o fraco Hidalgo e perdeu o perigoso Bustos. Junto com o peruano vieram mais atletas de qualidade duvidosa como Tadeu (ex-Juventude), Perea (ex-Bordeaux) ou Júnior (ex-Flamengo). Isso, sem comentar a contratação do contestado Roger “chinelinho”.

Todo este episódio também serve para mostrar como alguns Estaduais têm equipes com qualidades sofríveis e que só servem para enganar os tolos dirigentes cm resultados banais e goleadas fáceis. Vale lembrar que até a derrota para o Atlético na partida de ida, os gaúchos ainda permaneciam invictos na temporada.

Em menos de um mês o time foi do céu ao inferno. Duas derrotas, duas eliminações precoces e início de crise no Olímpico. Quem sabe assim, a direção aprenda a lição e não cometa os mesmos erros que originaram este fracasso. Erros como a inexplicável demissão de Vagner Mancini, que foi preterido pelo ineficiente Celso Roth sem ao menos perder um jogo.

E que venha o São Paulo. Sim, o São Paulo. No longínquo 11 de maio.

4 comentários:

Felipe Moraes disse...

Realmente, baita incompetência da diretoria gremista.
O primeiro semestre foi pro ralo.

Abraço,
Felipe Leonardo

janao disse...

Não é preciso ser nenhum gênio do futebol pra perceber a sfalhas desse lamentável episódio. Se a ineficiencia foi do técnico ou dos jogadores, fica a duvida no ar... No segundo tempo o grêmio até que voltou pressionando mais, mas ainda sim continuou sofrendo contra-ataques perigosos, Lindomar e Adriano Magrão retalhos do tricolor goiano ou não tiveram lá seus 90 min de edredon ;)


p.s: tem presentinho pra vocês, lá no blog - dia 8/04/2008.

abraço e sucesso ;)

André Augusto disse...

Trocando em miúdos, uma grande pipocada.

Mas do jeito que o Mancini foi vazado do Grêmio, não seria justo que o tricolor se desse bem...

Abraço!

Gerson Sicca disse...

A saída do Mancini foi inexplicável. Ah, o Barão começou no Inter. é fraquinho.