25.6.07

Especial Copa América 2007 - Grupo B

O Brasil é o grande time a ser batido no grupo B. Com adversário complicados, a seleção verde e amarela deve ter como principal adversário o México de Hugo Sanchez. Equador e Chile devem se degladiar pela terceira vaga em um grupo que tem apenas o Brasil como país com titulo na competição.


BRASIL
O favorito mais uma vez

Dramática. Este adjetivo resume perfeitamente a vitória do Brasil sobre a Argentina na última Copa América disputada em 2004. Assim como a seleção que desembarcou em Caracas, a equipe daquela época tinha várias caras diferentes, longe dos “medalhões” que haviam sido campeões da Copa do Mundo em 2002.
O atacante Adriano, artilheiro da competição, tentava um lugar ao sol, assim como Gustavo Nery, Renato, Edu, Luís Fabiano e Júlio César. A seleção de Dunga não foge muito à regra. Um time com poucas estrelas, mas com muita motivação para esquecer o fiasco da Alemanha.
Doni vive um grande momento na carreira embora Helton seja o titular. Dani Alves, Kleber, Gilberto e Maicon são laterais que costumam chegar no ataque com muito arranque e velocidade.
A zaga é sólida. Alex e Juan têm tudo para formar a dupla titular embora Naldo não tenha nada a cever paa seus companheiros. No meio campo, a criatividade de Anderson, Diego, Elano e Zé Roberto protegida pelo vigor de Mineiro, Josué e Gilberto Silva. Na frente, Robinho comanda as ações ofensivas para Fred, Vagner Love ou Afonso, todos no mesmo nível técnico praticamente, irem às redes.
Não é o time ideal. Longe disso! Mas é uma equipe com valores e que se colocada no papel, é até superior a de 2004. Vale a aposta na renovação proposta por Dunga, muito temida pelos críticos.

Raio X - Confederação Brasileira de Futebol
Ranking da Fifa: 3ºlugar;
Status: Favorito
Melhor Resultado no torneio: Campeão 7 vezes (1919, 1922, 1949, 1989, 1997, 1999 e 2004).

Os Convocados
Goleiros: Helton (FC Porto, Por) e Doni (Roma, Ita).
Defensores: Alex (PSV, Hol), Daniel Alves (Sevilla, Esp), Gilberto (Hertha Berlim, Ale), Alex Silva (São Paulo), Juan (Bayer Leverkusen, Ale), Kleber (Santos), Maicon (Inter, Ita), Naldo (Werder Bremen, Ale).
Meio campistas: Anderson (Manchester United, Ing), Diego (Werder Bremen, Ale), Elano (Shakhtar Donetsk, Ucr), Fernando (Bordeaux, Fra), Gilberto Silva (Arsenal, Ing), Josué (São Paulo), Mineiro (Hertha Berlim, Ale), Zé Roberto (Santos).
Atacantes: Afonso Alves (Heerenveen, Hol), Fred (Lyon, Fra), Robinho (Real Madrid, Esp), Wagner Love (CSKA Moscou, Rus).

Time Base: Helton; Daniel Alves, Alex, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Mineiro, Elano e Diego; Robinho e Vágner Love.
Esquema Tático:
O 4-4-2 de Dunga as vezes parece lerdo. O excessivo toque de lado do time muitas vezes irrita quem assiste ao jogo. Diferente do estilo de Parreira, o esquema de Dunga privilegia a habilidade de jogadores que partem para cima do adversário e a arma dessa equipe é a habilidade e a vontade.
Ele é o Cara! Robinho está no seu auge. Depois de ter feito uma boa Copa do Mundo e ter ficado isento das reclamações pela eliminação para a França, o atacante foi peça fundamental na conquista do Real Madrid no Campeonato Espanhol e é referência do ataque brasileiro.
Olho Nele! Embora venha de um time pouco conhecido como o Heereveen e não seja muito conhecido do grande público, Afonso Alves tem experiência e pode se tornar “o cara” nesta seleção. Faro de gol, posicionamento e velocidade são as armas para este mineiro de BH ficar conhecido também no seu país natal.
Pontos Fortes: A camisa amarelinha pesa muito na hora da decisão. Só isso já coloca o Brasil entre os favoritos. O time é jovem e todos querem dar o melhor. A habilidade brasileira ainda é o diferencial do nosso futebol para o resto das equipes.
Pontos Fracos: A ausência de um líder de fato em campo prejudica o time. Não existe neste grupo uma referência de liderança dentro do gramado e isso pode prejudicar o time em momentos de adversidade.

MÉXICO
Para apimentar a briga


A derrota na final da Copa Ouro para os Estados Unidos por 2 a 1 pode até influenciar no desempenho dos mexicanos na Copa América. A seleção costuma apostar alto na disputa da competição da Concacaf e perder para o principal rival do norte balança a moral da equipe.
Com os desfalques de Pardo e Osório que pediram dispensa alegando que estão extremamente cansados devido ao forte ritmo na Europa e Carlos Salcido,(PSV), que também alegou cansaço, o México deve desembarcar na Venezuela com um time de bastante ritmo, mas com certo desgaste.
Hugo Sanchez quebra a cabeça para montar a defesa do time e não sabe se opta por Fausto Pinto (Pachuca) ou Israel Castro (UNAM) para fazer dupla com Rafa Márquez (Barcelona).
Tendo uma Liga nacional milionária e que a cada ano fica mais disputada, o México figura hoje entre os principais países do mundo do futebol. Um título de grande porte iria premiar o “efeito chicano” e a evolução do país na última década no esporte.
Os mexicanos querem repetir as façanhas de 1993 e 2001 quando chegaram à grande decisão da competição e perderam de Argentina e Colombia, respectivamente.
Vencer o Brasil e principalmente a Argentina são as grandes metas para chegar ao título, ressalta o treinador Hugo Sanchez:” Respeitamos a todos. É lógico que sempre fica um desejo de vingança pela derrota na Copa de 2006 mas vamos respeitar e encaram com seriedade cada um dos jogos”.

Raio X - Federación Mexicana de Fútbol
Ranking da Fifa: 26 ºlugar;
Status: Pode Surpreender
Melhor Resultado no torneio: Vice Campeão 2 vezes (1993 e 2001).

Convocados
Goleiros: Oswaldo Sánchez (Santos), Guillermo Ochoa (América) e Jesús Corona (Tecos). Defensores: Jonny Magallon (Guadalajara), Fausto Pinto (Pachuca), Rafael Márquez (Barcelona/ESP), Israel Castro (UNAM), Gonzalo Pineda (Guadalajara), José Antonio Castro (América), Francisco Rodríguez (Guadalajara). Meio campistas: Gerardo Torrado (Cruz Azul), Jaime Correa (Pachuca), Ramón Morales (Guadalajara), Jaime Lozano (Tigres), Andrés Guardado (Atlas), Fernando Arce (Monarcas). Atacantes: Alberto Medina (Guadalajara), Omar Bravo (Guadalajara), Adolfo Bautista (Guadalajara), Cuauhtémoc Blanco (América), Nery Castillo (Olympiacos/GRE), Jared Borgetti (Cruz Azul), Juan Carlos Cacho (Pachuca).

Time Base: Oswaldo Sánchez; Rafael Márquez, Jonny Magallon, Francisco Rodríguez e José Antonio Castro ; Gerardo Torrado , Fernando Arce, Andres Guardado e Alberto Medina; Cuauhtémoc Blanco e Jared Borgetti.
Ele é o Cara! Cuauhtémoc Blanco não está na flor da idade. Longe disso! O atacante de 34 anos tem história de sobra para faze-lo um ídolo no país. Com três Copoas do Mundo na bagagem o jogador do América do México deve ser a referência do time na competição.
Olho nele! Andrés Guardado do Atlas é um meia defensivo jovem e de raro talento. Foi dele o único gol do time na final da Copa Ouro contra os Estados Unidos. Destro e rápido, o atleta de 20 faz parte da nova geração de atletas mexicanos.
Esquema Tático: O 4-4-2 de Hugo Sanchez é clássico. Laterais que apóiam, dois meias de contenção e dois de criação. No taque a experiência de Blanco e Borghetti.
Pontos fortes: O México possui dois atacantes natos e excelentes finalizadores. Blanco e Borghetti não perdoam e costumam não pipocar na hora de arrematar para as redes.
Pontos Fracos: Embora Rafa Marques seja referência na defesa, falta um companheiro a altura na zaga do México. Muitos nomes rodam e poucos ficam e isso torna a defensiva mexicana um problema insolúvel para o técnico Hugo Sanchez.



EQUADOR
Para se firmar entre os grandes


As copas de 2002 e 2006 já são o suficiente para evidenciar a evolução do futebol equatoriano nos últimos anos. A mesma base que disputou o Mundial da Alemanha foi convocada para a Copa América da Venezuela e o desejo do técnico colombiano Luis Suarez, que esta no comando do time desde 2004, é chegar ao ponto mais alto: o título.
Para isso, “La tricolor” deverá usar da experiência de nomes como Ivan Hurtado, Carlos Tenório, Edwin Tenório, Patrício Urrutia e o talento de Antonio Valencia para fazer frente ao Brasil e México, adversários mais complicados do grupo B. A surpresa da lista de convocados ficou a cargo da ausência de Iván Kaviedes do El Nacional e Agustín Delgado da LDU.
O corte do meia Luis Caicedo as vésperas da estréia contra o Chile fez o treinador convocar as pressas Pedro Quiñonéz, do El Nacional, que junto com Ivan Hurtado se juntou a seleção nesta semana na luta pelo primeiro título do país na competição.
Com muita disposição para alcançar as alturas, o Equador tem tudo para se tornar um “osso duro de roer” para brasileiros e mexicanos e a classificação para a próxima fase é algo certo para um time que alcançou com mérito as oitavas de final da Copa do Mundo 2007, sendo eliminado pela Inglaterra em um magro 1 a 0.

Raio X - Federación Ecuatoriana de Fútbol
Ranking da Fifa: 44 ºlugar;
Status: Corre por fora
Melhor Resultado no torneio: 4º colocado (1959 e 1993).

Os convocados
Goleiros:
Cristian Mora (LDU) y Marcelo Elizaga (Emelec). Defensores: Renán Calle (LDU), Oscar Bagüí (Olmedo), Ulises De la Cruz (Reading /ING), Iván Hurtado (Atlético Nacional/COL), Giovanny Espinoza (Vitesse/HOL), Jorge Guagua (Colón/ARG) y Neicer Reasco (Sao Paulo/BRA). Meio-campistas: Edison Méndez (PSV/HOL), Pedro Quiñonéz (El Nacional) Antonio Valencia (Wigan/ING), Segundo Castillo (Estrela Vermelha), Edwin Tenorio, Patricio Urrutia (LDU), Walter Ayoví y David Quiróz (El Nacional). Atacantes: Carlos Tenorio (Al Sadd/ARS), Félix Borja (Olympiakos/GRE), Cristian Benítez (El Nacional), Felipe Caicedo (Basel/SUI) y Pablo Palacios (Deportivo Quito).

Time Base: Mora; Reasco, Hurtado, Calle e De La Cruz; Ayoví, Castillo, Urrutia e Valencia; Tenório e Benitez.
Esquema tático: Mais um time que joga no 4-4-2. O lado direito do time é forte com Reasco, Castillo e Ayoví. Edwin Tenório e Cristian Benitez jogam lado a lado no ataque recebendo os cruzamentos das laterais e as bolas enfiadas por Urrutia. Valencia é o homem que vem de trás para arrematar as jogadas.
Ele é o Cara! Ivan Hurtado, 32, vestiu a camisa da seleção equatoriana 132 vezes e é o grande xerife da equipe. Capitão da equipe na disputa do Mundial 2006, Hurtado é a segurança que o time tem para criar do meio para frente.
De Olho Nele! Antonio Valencia apareceu na Copa 2006 e logo virou sensação da equipe. Com rapidez e habilidade o
meia do Wigan já atuou pelo Villareal e leva sua experiência e juventude para a competição.
Pontos Fortes: A força física equatorial chama a atenção. O preparo físico dos atletas se assemelha muito aos africanos, rápidos e troncudos. As escapadas de Valencia e a eficiência de Tenório no ataque tornam o time perigoso.
Pontos Fracos: Os equatorianos costumam ter o pavio curto e freqüentes expulsões atrapalham o desempenho da equipe. A marcação do meio campo é forte porem muito violenta.


CHILE
Para espantar fantasmas

A equipe chilena comanda por Nelson Acosta necessita aumentar a auto-estima após o fraco desempenho obtido nas eliminatórias da Copa 2006 (7º lugar), no Sul americano Sub 20 (4º lugar) e os desfalques que a seleção sofreu para a disputa da Copa América deste ano.
Os atacantes Roberto Gutierrez do Universidad Católica e Rodolfo Moya do Audax Italiano foram cortados devido a contusões, mas o principal revés dos chilenos será de Cláudio Maldonado que não conseguiu se recuperar de uma lesão a tempo de disputar a competição.
Para erguer pela primeira vez um título da Copa América os representantes de “La Roja” terão de mostrar muita maturidade para enfrentar três equipes que disputaram a Copa do Mundo de 2006. O time, que tem média de idade em torno dos 25 anos, é dependente da velocidade dos meias Valdívia e Mark González e do bom posicionamento de seu principal atacante, Andrés Suazo, para alcançar o gol adversário. Se uma dessas peças estiver fora dos eixos, a chance do Chile em não passar para a próxima fase é enorme


Raio X - Federación de Fútbol de Chile

Ranking da Fifa: 53º
Status: Incógnita
Melhor resultado no torneio: Vice Campeã 4 vezes (1955, 1956, 1979 e 1987)

Os convocados
Goleiros: Claudio Bravo (Real Sociedad/ESP), Nicolas Peric (Audax Italiano), Fernando Hurtado (Cobreloa). Defensores: Pablo Contreras (Celta de Vigo/ESP), Ismael Fuentes (Jaguares de Chiapas/MEX), Álvaro Ormeño (Gimnasia y Esgrima de La Plata/ARG), Sebastian Roco (Santiago Wanderers), Rodrigo Tello (Sporting Lisboa/POR), Jorge Vargas (Salzburg/AUS), Gonzalo Jara (Colo Colo), Miguel Riffo (Colo Colo), Boris Rieloff (Audax Italiano), Gonzalo Fierro (Colo Colo). Meio-campistas: José Luis Cabion (Melipilla), Matias Fernandez (Villarreal/ESP), Manuel Iturra (Universidad de Chile), Arturo Sanhueza (Colo Colo), Rodrigo Melendez (Colo Colo) Jorge Valdivia (Palmeiras/BRA), Carlos Villanueva (Audax Italiano), Mark González (Liverpool/ING). Atacantes: Reinaldo Navia (Atlas/MEX), Juan Gonzalo Lorca (Colo Colo) e Humberto Suazo (Colo Colo).

Time Base: Peric; Vidal, Fuentes, Vargas e Fierro; Sanhueza, Cabion, Mark González e Valdivia; Navia e Suazo.
Esquema tático: O Chile joga no bom e velho 4-4-2 com Mark González e Valdívia carregando a bola para Suazo. Navia joga mais recuado e também auxilia o centro avante na frente. Fierro apóia pela esquerda enquanto Vidal é um lateral mais fixo.
Ele é o cara! Jorge Valdívia, 23, é o grande nome de um time de poucas referências. O meia avançado do Palmeiras chama a atenção pela sua disposição e garra embora suas finalizações sejam um pouco ineficientes.
Olho Nele! Matias Fernandes saiu do Colo Colo a peso de ouro para o Villareal. O meia de 21 anos é um dos mais jovens do elenco e se destaca pela velocidade e posicionamento
Pontos Fortes: A garra chilena pode superar a ausência de técnica desta seleção. A velocidade do meio para frente é alta e Valdívia deve ser acionado constantemente
Pontos Fracos: A defesa chilena não inspira muita confiança e até a estréia da competição não existe uma zaga titular fixa, pois vários testes ainda estão sendo feitos por Nelson Acosta.

Um comentário:

Arthur Virgílio disse...

A campanha do Brasil vai depender muito da primeira fase. Se sairmos bem, temos tudo para brigar pelo título com os hermanos.

Dunga, escalou o que tinha de melhor, é esperar para ver.