
E já havíamos abordado aqui no blog a diferença que o técnico português fez ao time merengue. Até antes do embate deste primeiro turno de La Liga, o Real tinha o melhor ataque (ao lado do Barcelona, com 33 gols) e a melhor defesa, com apenas seis bolas nas redes em 12 partidas (média de um gol a cada duas partidas). O incômodo tabu de três anos e meio sem vitórias do time blanco poderia cair, mesmo atuando na casa do adversário. Porém, o massacre catalão evidenciou a grande diferença entre os rivais – que fazem um campeonato à parte na Espanha: a uniformidade.
Analisando nome a nome dos 22 jogadores que entraram em campo (10 deles integravam a Espanha, campeã da Copa do Mundo), são pouquíssimas diferenças técnicas. Porém, além de jogar há mais tempo junto, o Barça é um conjunto, onde Messi é o grande destaque com naturalidade. No Real, por vezes, a individualidade de Cristiano Ronaldo se sobrepõe ao time, que foi destroçado pela habilidosa frente ofensiva dos blaugranas.

Messi não marcou, mas ainda assim, foi o grande nome da partida. Caçado em campo, não fugiu da raia e deu dois passes açucarados para o matador Villa deixar a sua marca. A estrela de Pedro voltou a brilhar e o jovem asturiano deixou o seu. Dani Alves desfilou pela lateral direita e pouco foi exigido na defesa, uma de suas deficiências. A cada gol, era visível a decepção de Casillas, capitão do Real. Já a maior aparição de Cristiano Ronaldo foi num suposto pênalti cometido por Valdés na primeira etapa e no desentendimento com Guardiola, na lateral de campo.

Após a surra de cinco, entrará em campo a capacidade de Mourinho de trazer o grupo pra si e se preparar para a segunda partida da “final” espanhola, já que ambos passeiam nesta temporada no país. E continuar com a jornada quase perfeita até antes do próximo clássico, para impedir o tri, jogando no Santiago Bernabéu.