23.11.09

A continuidade é o caminho

Em meio a especulações naturais em reta final de temporada, o técnico Adilson Batista e o Cruzeiro chegaram a mais um acordo, renovando o vínculo do treinador por mais uma temporada. Bola dentro do Cruzeiro, de excelente temporada e que pode ser coroada com a vaga da Libertadores 2010, já que no primeiro turno, a Raposa teve que “deixar de lado” o Brasileirão, por conta da reta final do torneio continental. Por conta disso, a equipe celeste chegou até a flertar com a zona de rebaixamento em algumas rodadas do primeiro turno.

Claro que Adilson não chega a ser uma unanimidade na Toca da Raposa - externado nos diversos atritos que ocorreram entre ele e imprensa mineira -, mas há de se reconhecer que seu trabalho foi bom com o Cruzeiro. Ao assumir o comando da equipe, em janeiro de 2008, conseguiu chegar a hegemonia mineira ao conquistar o bicampeonato estadual. Fez ótima campanha na Libertadores 2009, da qual acabou vice-campeão. Mesmo perdendo o título diante de um organizado e aguerrido Estudiantes em pleno Mineirão, não dá pra negar o quão difícil foi a campanha da equipe, que deixou grandes como São Paulo e Grêmio pelo caminho. Após o baque da perda da Libertadores, conseguiu boa recuperação, evidenciada no desempenho do time no segundo turno, onde até a 36ª rodada havia somado a segunda melhor campanha (34 pontos, ao lado do Flamengo) com o melhor ataque – 33 gols em 17 partidas. Tem chances reais de voltar a competição sul-americana em 2010, já que está três pontos atrás de Palmeiras e Inter, que fecham o G-4.

Um dos méritos de Adilson Batista ao longo desses quase dois anos de trabalho à frente do Cruzeiro ocorreu na mesclagem entre pratas da casa com bons jogadores indicados por ele. Ao mesmo tempo em que jogadores da base como Wagner, Guilherme, Diego Renan e Jonathan ganhavam espaço na equipe, ele conseguiu encaixar em seu esquema de jogo jogadores experientes como Gilberto, Fabrício, Leonardo Silva e Kleber. A boa fórmula, além de títulos, dá ao treinador a boa marca de 131 partida no comando do Cruzeiro, com 78 vitórias, 25 empates e 31 derrotas. Além do bicampeonato mineiro e do vice continental, ele já tem a marca de treinador que mais conquistou vitórias pela Raposa na história da Libertadores, com 14, superando Zezé Moreira, que na campanha vitoriosa de 1976, somou 11 triunfos.

Sondado por diversas equipes, as duas partes fizeram bem em manter o vínculo. Adílson – que antes de chegar ao Cruzeiro, tinha feito bom trabalho no Figueirense - faz parte da nova safra de técnicos que já é realidade no cenário nacional, assim como Vagner Mancini e Silas, que parecem trilhar pelo mesmo caminho do cruzeirense.

4 comentários:

Felipe Brisolla disse...

Ótima renovação mesmo... Tenho certeza que o Cruzeiro vai dar trabalho em 2010.

Leandrus disse...

Todos os motivos mostrados por vc só evidenciam o belo trabalho de Adilson no Cruzeiro. Fez um trabalho que merece continuidade e que já poderia ter rendido muito nesse ano se seu time não tivesse tropeçado diante do Estudiantes ou se justo no momento de decisão do Brasileirão não tivesse perdido tantos pontos.

Só acrescentaria o nome de Dorival Jr nessa leva de bons nomes da nova geração de técnicos. Depois de se sair bem no Cruzeiro e no Coritiba, vem fazendo ótimo trabalho no Vasco e que também merece continuidade.

Ateh!

Marcel Jabbour disse...

Dorival Jr é um ótimo nome, embora eu ache que Adilson está acima dele e de Mancini e Silas também.

Coloco também na lista de revelações Geninho e Valdir Espinosa.

Abração

diletra.blogspot.com

Gerson Sicca disse...

A verdade é que o Adilson colocou o Cruzeiro novamente nas disputas. E, pensando objetivamente, qual técnico melhor teria no mercado?Dorival?Silas? São bons treinadores, mas ainda não estão acima de Adilson, talvez todos no mesmo nível.
E Dorival deve ir para o Grêmio, uma boa escolha, eu acho.
Ah, no caso do Giuliano, que comentaste lá no blog, é possível que muita gente tenha ficado contente no Beira-Rio com a "valorização" do jogador por jogar o Mundial.Parece que tem dirigente que tá mais interessado na venda de jogadores do que em títulos.
Abraço!