O sonho galáctico de conquistar o triplete – Champions League, La Liga e Copa do Rei, como fez o Barcelona em 2008/09 – foi por água abaixo precocemente. O Real Madrid, que investiu cerca de 260 milhões de euros apenas em reforços para esta temporada, foi eliminado pelo modesto Alcorcón na primeira rodada da fase final da Copa do Rei. A equipe que também é da região de Madrid, atualmente está na terceira divisão. Aliás, em toda sua breve história de pouco mais de 38 anos, o Álcor jamais passou dessa divisão e era debutante em partidas contra equipes de primeira divisão. A goleada sofrida na partida de ida por 4-0 – com dois gols de Borja, formado nas canteras do próprio Real – não foi revertida, mesmo com a grande maioria de seus badalados jogadores em campo na partida de volta, diante de um incrédulo Santiago Bernabéu com 79.500 espectadores, um completo contraste com os sete mil espectadores que também lotaram o acanhado Estádio Santo Domingo na primeira partida, em 27 de outubro.


A “maldição da Copa do Rei” persegue o Real Madrid desde 1993, ano de sua última conquista no torneio. Dentre os vexames, eliminações precoces para o Toledo, em 2001 e para a equipe basca do Real Unión de Irún, ano passado. Já o modesto Alcorcón, deve fazer sua festa, naquele que certamente é o maior feito de sua história. Novamente, o futebol anula disparidades econômicas e técnicas abismais. E não há dinheiro que possa pagar tal fato.
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