4.4.08

O renascer de uma zebra

Villarreal 3 X0 Atlético de Madrid: Será que dá para repetir 2006 e ser semi-finalista da Champions?

Imagine se você fosse dirigente de uma equipe mediana e perdesse a sua principal referência no ataque, às vésperas do início da temporada. Para piorar, o seu meia está desmotivado e você se vê obrigado a emprestá-lo a preço de bananas. Será que, mesmo assim, você seria capaz de enfrentar seus adversários em pé de igualdade? O Villarreal está...

Mesmo que a atual vice-liderança do Submarino Amarelo na La Liga seja algo provisório, pois o Barcelona deve retomar este posto o quanto antes, devemos admitir: a campanha do Villarreal é louvável.

Muitos comentaristas acreditavam que sem a dupla Forlán e Riquelme, o time de El Madrigal não iria oferecer resistência para rivais mais tradicionais e que investiram uma maior cifra econômica, como o Atlético de Madrid, o Valencia, o Sevilla ou até mesmo o Espanyol. Erraram feio...

Um futebol burocrático que compensa a ausência de beleza com muita garra e determinação. Inspirado no “estilo portenho”, o treinador Manuel Pellegrini conseguiu montar um conjunto que se defende razoavelmente bem e que sabe jogar em função de seus atacantes.

No gol, o seguro Diego López, eterno reserva de Casillas no Real Madrid, enfim conseguiu mostrar suas qualidades. A zaga é formada pelo promissor uruguaio Godín e por Angel, destaque do Celta em 2007. O veterano Javi Venta atua como ala mais recuado, enquanto o incansável Capdevilla ajuda na armação do setor esquerdo.

O meio-campo tem o experiente Pires (que passou toda temporada passada machucado), o hispânico-brasileiro Marcos Senna, o recém-contratado Egurén (que assumiu a cabeça-da-área ocupada no primeiro semestre pelo francês Mavuba) e Santi Cazorla, revelação do Recreativo Huelva que apóia muito bem e ainda ajuda na marcação.

Na frente, Nihat e Giuseppe Rossi dividem a responsabilidade de marcar os gols da equipe. Dos 52 gols marcados pela equipe no Campeonato Nacional, 25 saíram dos pés de um deles. No banco, ainda existem algumas opções como o experiente Tomasson, o regular Cani e o Mati Fernández, chileno que ainda não apresenta o futebol que o consagrou.

Mesmo sem grandes estrelas, o Villarreal tornou-se um time encardido. Não à toa, venceu Valencia, Barcelona e Atlético de Madrid nos dois turnos e aos poucos, conquista seu espaço. Provavelmente estará na Champions League de 2009. E há quem diga que a classificação já será direta para a fase dos grupos... Quanta confiança!

Um comentário:

Felipe Moraes disse...

Boa observação. Ninguém vinha falando da boa campanha do Villareal nesta temporada.

Abraço,
Felipe Leonardo