Uma parte não consegue viver sem a outra. É impossível pensar em um sem ter o outro como intermediário. Trata-se de uma relação de amor, ódio e dinheiro entre a imprensa esportiva e o futebol, na qual não se pode definir onde acaba um e começa outro. Muitas vezes, interesses antagônicos estão em jogo, pois um time de futebol depende da exposição na mídia, tanto quanto essa mesma mídia precisa do time para gerar vendas e índices no ibope. A mais pura verdade é que a mídia esportiva precisa do futebol tanto quanto o futebol precisa da divulgação e do dinheiro gerado pela mídia. Então, como conciliar lados tão conflitantes, apesar do meio em comum? Para Leonardo Bertozzi, jornalista e colunista do site Trivela, seria impossível o esporte viver sem a cobertura midiática. “Hoje, o esporte é parte indissociável da cultura de massa. Como criar ídolos, gerar interesse, manter o público informado, tudo isso sem a mídia?” No entanto, para atingir os objetivos comuns a cada lado, as partes devem trabalhar juntas, como afirma o editor do Globo Esporte produzido pela TV Tem de Bauru, Jarbas Soares. “O futebol é um dos carros-chefes da indústria do entretenimento. Por isso, não é nada anti-ético que as duas partes possam trabalhar juntas para se chegar a um denominador comum”.
Mas na busca pela notícia e a transmissão da informação, os meios de comunicações podem passar o que chamamos de interesse público para os interesses particulares do atleta, o que acaba atrapalhando a sincronia entre a mídia e o futebol. Essa dependência entre o meio midiático e o esporte de adoração nacional forma uma linha muito tênue e os veículos de comunicação direcionam seus discursos com a intenção de não ultrapassa-la, como explica Jarbas em relação à postura da Globo e suas afiliadas. “A TV Globo tem como política não invadir a vida pessoal dos atletas, como por exemplo, os recentes casos de indisciplina do atacante Adriano, da Internazionale de Milão. Já em um caso como o do atacante Guilherme (ex-Atlético/MG, São Paulo e Corinthians), no qual se envolveram outras pessoas por conta de um acidente de transito (onde pessoas faleceram), a imprensa tem por dever noticiar os fatos”. Leonardo endossa a importância de notícias que sejam relevantes ao futebol ou a sociedade como um todo e ainda rechaça as notícias da esfera privada dos atletas. “Notícias tipo "Caras" como a nova namorada do Ronaldo ou a ida do Roger ao Fashion Week são fora de propósito”. Nesses casos, o jornalista ultrapassa o limite da informação e passa a não noticiar apenas o que é interesse público, mas fatos da vida particular dos jogadores.
Quando isso acontece, a frágil relação entre a imprensa-jogador-clube por vezes se rompe ou fica abalada, como no caso da greve de silêncio ocorrida dentro do Corinthians. Durante o Campeonato Brasileiro de 2006, por conta dos maus resultados da equipe, foram veiculadas pela imprensa acusações de corpo mole para derrubar o treinador da equipe na época, Émerson Leão. A partir dessas notícias, seguiu-se um boicote por parte do elenco alvinegro contra a imprensa, sendo que esta era acusada de ser anti-ética, por estar faltando com a verdade aos torcedores. Houve muitas acusações dos dois lados, mas nessa briga não se procura um vencedor ou quem realmente está com a razão, mas sim transformar o ambiente entre os profissionais das duas áreas o mais instável possível. E quem são os prejudicados? Respondendo a essa questão, Jarbas é enfático: perde o público, por causa da impossibilidade de se ouvir as fontes, mas quem mais sai prejudicado é o clube. “O clube perde marketing, divulgação, vendas, o torcedor deixa de ouvir a palavra dos jogadores, mas a TV trabalha com outros modos de tratar a informação, onde a sonora do jogador não é imprescindível.”
Mas na busca pela notícia e a transmissão da informação, os meios de comunicações podem passar o que chamamos de interesse público para os interesses particulares do atleta, o que acaba atrapalhando a sincronia entre a mídia e o futebol. Essa dependência entre o meio midiático e o esporte de adoração nacional forma uma linha muito tênue e os veículos de comunicação direcionam seus discursos com a intenção de não ultrapassa-la, como explica Jarbas em relação à postura da Globo e suas afiliadas. “A TV Globo tem como política não invadir a vida pessoal dos atletas, como por exemplo, os recentes casos de indisciplina do atacante Adriano, da Internazionale de Milão. Já em um caso como o do atacante Guilherme (ex-Atlético/MG, São Paulo e Corinthians), no qual se envolveram outras pessoas por conta de um acidente de transito (onde pessoas faleceram), a imprensa tem por dever noticiar os fatos”. Leonardo endossa a importância de notícias que sejam relevantes ao futebol ou a sociedade como um todo e ainda rechaça as notícias da esfera privada dos atletas. “Notícias tipo "Caras" como a nova namorada do Ronaldo ou a ida do Roger ao Fashion Week são fora de propósito”. Nesses casos, o jornalista ultrapassa o limite da informação e passa a não noticiar apenas o que é interesse público, mas fatos da vida particular dos jogadores.
Quando isso acontece, a frágil relação entre a imprensa-jogador-clube por vezes se rompe ou fica abalada, como no caso da greve de silêncio ocorrida dentro do Corinthians. Durante o Campeonato Brasileiro de 2006, por conta dos maus resultados da equipe, foram veiculadas pela imprensa acusações de corpo mole para derrubar o treinador da equipe na época, Émerson Leão. A partir dessas notícias, seguiu-se um boicote por parte do elenco alvinegro contra a imprensa, sendo que esta era acusada de ser anti-ética, por estar faltando com a verdade aos torcedores. Houve muitas acusações dos dois lados, mas nessa briga não se procura um vencedor ou quem realmente está com a razão, mas sim transformar o ambiente entre os profissionais das duas áreas o mais instável possível. E quem são os prejudicados? Respondendo a essa questão, Jarbas é enfático: perde o público, por causa da impossibilidade de se ouvir as fontes, mas quem mais sai prejudicado é o clube. “O clube perde marketing, divulgação, vendas, o torcedor deixa de ouvir a palavra dos jogadores, mas a TV trabalha com outros modos de tratar a informação, onde a sonora do jogador não é imprescindível.”
Um comentário:
Bom, como jornalista acho que os dois lados estao certos em algumas coisas e erradas em outras, a imprensa adora aumentar e viver de especulacoes e os jogadores e treinadores adoram fazer greve cotnra a imprensa,as vezes por um bom motivo as vezes por nao gostar q a imprensa fale a verdade, uma guerra sem fim
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