É a pergunta que não quer calar após a eleição do ex-jogador francês Michel Platini para a presidência da UEFA. Após disputa acirrada, Platini venceu o sueco Lennart Johansson, atual presidente da entidade, por 27 votos a 23. Dessa forma, Platini chega ao topo da maior entidade futebolística do planeta após a FIFA. FIFA aliás, que deu uma mãozinha para a vitória de Platini, através do presidente Joseph Blatter, que além do apoio explícito ao francês, discursou a favor dele antes da votação, ganhando assim o voto de algumas das 53 federações nacionais que estavam indecisas.
Mas a eleição de Platini é boa ou ruim? A Europa olha com expectativa a plataforma proposta por ele para governar a UEFA, pelos próximos quatro anos:
- Reformulação da Champions League, ou seja, diminuir o número de participantes da competição. Isso implica na exclusão de equipes tradicionais da competição, valorizando as equipes de centros mais "periféricos" do futebol na Europa. Muitas vezes essas equipes, campeãs de seus países, ficam pelo caminho da Champions League, pois recebem equipes terceiras e quartas colocadas de grandes centros, regionalizando dessa forma a disputa do maior campeontao de clubes do planeta.
- Reforço das autoridades dos presidentes de federações nacionais, para que o diálogo entre eles e a UEFA torne-se mais fácil.
- Enfatizar a independência de poder e administração da entidade. Ou seja, afastar os imbróglios futebolísticos da Justiça Comum da União Européia.
- Valorizar as confederações "menores", para evitar a organização de grandes torneios privados por parte das grandes equipes européias.
- Ênfase no combate a corrupção, doping e o racismo.
É inegável não olhar para o legado de Johansson, presidente da UEFA desde 1990. Além de fortalecer as federações locais, foi ele o responsável pelo atual módulo de disputa da UEFA Champions League, que tornou a competição extremamente rentável, competitiva e globalizada. Além disso, ajudou a UEFA a se afirmar como entidade forte no futebol mundial, quase que se equiparando a própria FIFA. Prova disso foi o apoio de Blatter a Platini, vista por muitos como forma do presidente da FIFA ter o controle da FIFA e da UEFA simultâneamente.
É inegável não olhar para o legado de Johansson, presidente da UEFA desde 1990. Além de fortalecer as federações locais, foi ele o responsável pelo atual módulo de disputa da UEFA Champions League, que tornou a competição extremamente rentável, competitiva e globalizada. Além disso, ajudou a UEFA a se afirmar como entidade forte no futebol mundial, quase que se equiparando a própria FIFA. Prova disso foi o apoio de Blatter a Platini, vista por muitos como forma do presidente da FIFA ter o controle da FIFA e da UEFA simultâneamente.
Michel Platini, de 51 anos, reconhece a contribuição do atual presidente suiço, mas quer gerir o futebol na Europa de forma diferente: "Felizmente, sou um romântico. Vivemos num mundo civilizado; o futebol é um desporto fantástico, um tesouro, uma jóia. É bom que ainda hajam românticos. 99,99% das pessoas são românticas, que adoram artistas, jogadores e o futebol. Não há apenas políticos, negócios, violência, hooliganismo e corrupção no futebol. Há também coisas muito boas e eu pertenço a estas pessoas que defendem esses valores. O futebol também é um jogo e não nos devemos esquecer disso", afirmou o francês em entrevista ao site oficial da UEFA.
Mas Platini pode encontrar muitas pedras pelo caminho, principalmente no que diz respeito a mudança da fórmula de disputa da Champions e a implantação de "tetos salariais" aos jogadores. Federação Alemã, Espanhola e o G-14 (entidade que representa as equipes mais ricas da Europa) podem dificultar a gestão do francês frente à UEFA.
Mas capacidade ele já demonstrou dentro e fora de campo. Notável meia-atacante, foi eleito três vezes o melhor jogador europeu (1983,1984 e 1985), conquistou scudettos e a Liga dos Campeões pela Juventus de Turim, além de ter levado a França ao título da Eurocopa de 1984 e as semifinais da Copa de 1986. Participou de 71 jogos com a camisa dos Bleus, com 41 gols marcados, sendo o maior artilheiro da seleção francesa em todos os tempos.
Mas capacidade ele já demonstrou dentro e fora de campo. Notável meia-atacante, foi eleito três vezes o melhor jogador europeu (1983,1984 e 1985), conquistou scudettos e a Liga dos Campeões pela Juventus de Turim, além de ter levado a França ao título da Eurocopa de 1984 e as semifinais da Copa de 1986. Participou de 71 jogos com a camisa dos Bleus, com 41 gols marcados, sendo o maior artilheiro da seleção francesa em todos os tempos.
Fora das quatro linhas, foi técnico da França entre 1988 e 1992. Na área de gestão, participou do comitê organizador da Copa da França, em 1998, na qual era o vice-presidente. Faz parte do Comitê Executivo da UEFA, além de exercer funções na FIFA e ser vice-presidente da Federação Francesa de Futebol.
Vontade ele já demonstrou que tem. Mas será que toda a seriedade e o romantismo pregado por Platini em favor do bom jogo dentro de campo vai superar a praticidade e a visão extremamente gestiva implantada por Johansson? Não se pode negar que Platini é pioneiro, pois é o primeiro ex-jogador a atingir um posto tão alto no comando de uma poderosa federação.
"Que o futebol seja sempre o vencedor e que as pessoas se lembrem que é um jogo antes de ser produto, um desporto antes de ser um mercado e um espectáculo antes de um negócio" é o lema do novo presidente. Esperamos que sim, Platini!
2 comentários:
Dé já disse que não entendo lhufas de futebol né??
Mas vim aqui visitar, sempre venho tá.
Beijo pra vcs!!!
fala Coxa!
Gostei do texto. Acho que o Platini pode dar certo na UEFA, e digo mais, em dez anos é favorito para ser om presidente da FIFA
abraços
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