7.9.12

Independência ou Morte

Leandro Damião comemora com Oscar o seu gol no
último amistoso da Seleção contra a Suécia
Hoje, a partida contra a África do Sul será o oitavo amistoso que a Seleção Brasileira realizará neste ano. Até agora, o retrospecto é meramente razoável. Cinco vitórias contra equipes medianas: Bósnia-Herzegovina, Dinamarca, Reino Unido, Estados Unidos e Suécia e duas derrotas frente a rivais continentais, como México e Argentina. Tudo isso, sem colocar o desastre olímpico na conta. Muito pouco. 

Atualmente, apenas 12º colocado no Ranking da Fifa, o Brasil vive uma relação de dependência com suas principais peças. Explica-se: a seleção, a exemplo do que já ocorrera no comando de Dunga, vive de jogadas individuais e não consegue apresentar um padrão de jogo convincente.  

Dependemos muito da capacidade de Neymar desmarcar-se, driblar um adversário e partir para o gol. Dependemos da criatividade de Oscar para armarmos nosso meio-campo, por mais inconstante que ele seja. Dependemos do experiente (?) Thiago Silva no comando de nossa defesa na luta por não tomarmos gols, uma vez que não possuímos laterais que sejam bons marcadores ou um goleiro que imponha respeito... 


Muitas vezes, dependemos de bolas paradas ou de cruzamentos esparsos que encontrem a cabeça de Leandro Damião (nosso único centroavante revelado nos últimos quatro anos – basta ver a lista de artilheiros do Brasileirão deste ano para comprovar este fato) para marcarmos um gol. Dependemos das jogadas vindas detrás formadas pelos voluntariosos Paulinho e Ramires para tentar surpreender o oponente. 

É... Como já disse, é muito pouco. E podemos golear a África do Sul, a China, o Zimbábue ou qualquer outra seleção inexpressiva. Só não nos esqueçamos de uma coisa: O Brasil, como ocorre desde 2003, depende demais da individualidade de nossos melhores valores. E tanta dependência só nos levará a outra eliminação  precoce e absurda em plena Copa de 2014. É hora de bradarmos “Independência!”. Ou morreremos na praia. De novo.

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