14.9.12

Bagunça no chiqueiro...


Felipão incrédulo durante coletiva: 
Algo comum em sua 2ª passagem pelo time 

Não deu. Após a péssima campanha no Campeona to Brasileiro deste ano, Luiz Felipe Scolari não resistiu à pressão e foi demitido do Palmeiras. Com um pífio aproveitamento de apenas 27,8%, não tinha como a diretoria sustentar o treinador do penta no cargo. Afinal, como afirmou o próprio presidente do Verdão, Arnaldo Tirone: “a situação estava insustentável”.  

Na verdade, o caos já está instaurado no Palmeiras há tempos... Parece que a queda para a Segunda Divisão em 2002 nada acrescentou aos conselheiros do clube. O Verdão tem estrutura de time grande, torcida de time grande, mas organização de time semi-amador. 


Primeiramente, o time não tem elenco. Durante a 2ª Era Felipão o Alviverde nunca teve atletas de reposição a altura de seus titulares. Pior é saber que, quando consegue o feito, um deles acaba sendo vendido ou emprestado... A venda de Cicinho e do emprésimo de Deola – ambos bons reservas – servem de exemplo. Equipe que não tem 16, 20 atletas capazes de ser titulares está fadada ao fracasso. 


Precipitação e péssimos investimentos em contratações. Trouxe Wesley por peso de ouro, mas o volante provavelmente já veio lesionado. E a troca de Daniel Carvalho por Pierre? Quem acreditou que o Galo sairia perdendo? Além disso, quase todos jogadores contratados num espaço de três anos não vingaram e já foram embora. Daí, falta jogador qualificado e o Verdão tem de recorrer a atletas que não entravam em campo há tempos (leia-se Correa) ou semi-aposentados (leia-se Leandro). A filosofia do “bom e barato”, por muitas vezes sai cara. 

Ainda há outros fatores que também atrapalham. O meia Valdívia (um dos maiores salários) vive no estaleiro ou nas páginas sociais, ao invés de jogar bola; a diretoria é divergente e vive à base de”picuinhas”, enfim, há muitos problemas que acabaram sendo maquiados pelo enganoso título da Copa do Brasil. 

Longe de mim, querer defender a permanência de Felipão, já que acredito que profissionais vivem de resultados e o aproveitamento dele permanecia ruim. Mas se não fosse por ele, palestrinos, o Palmeiras provavelmente já tinha caído para a Série B no Brasileirão de 2011. 

Um comentário:

Manoel disse...

Bem isso mesmo, o problema do Palestra é estrutural....
Se for olhar para os anos anteriores, o Palmeiras já teve os 3 ou 4 melhores treinadores do Brasil e o resultado sempre foi o mesmo.