21.10.10

22, 23, 24: sequência da renovação no Real

Um time que atravessa ótimo momento, como há muito não se via pelos lados do Santiago Bernabéu. Líder do Campeonato Espanhol – onde tenta quebrar a hegemonia do bicampeão Barcelona – e 100% no grupo da morte da Champions (já abriu cinco pontos em relação ao Milan, adversário direto pela liderança do Grupo G), a equipe merengue não mudou sua mentalidade "galáctica", que o pautou nestas últimas temporadas. Porém, parece que finalmente, os investimentos astronômicos vieram com propósito, a começar pelo banco de reservas, onde os madrilenos fizeram o possível e impossível para trazer o técnico José Mourinho, que até aqui, acertou a defesa da equipe – o grande calcanhar de Aquiles dos últimos tempos.

Ainda sem perder e somando as duas principais competições para o clube, foram 10 jogos: além de vencer oito deles, foram 21 gols anotados e apenas três sofridos. A chegada de Ricardo Carvalho, ex-Chelsea e preferido do compatriota, tem grande peso neste desempenho. Porém, há de se ressaltar a forma como Mourinho encaixou três das grandes e jovens estrelas nesta equipe que vem aliando eficiência ofensiva e defensiva: o argentino Ángel Di Maria (camisa 22, com 21 anos) e os alemães Mesut Özil (camisa 23, com 22 anos) e Sami Khedira (camisa 24, 23 anos).

Khedira se destacou no Stuttgart, nas seleções alemãs de base a na equipe principal de seu país por aliar o auxílio à defesa com eficiência com a saída com qualidade ao ataque. Mas o camisa 24 sempre atuou por equipes "menos ofensivistas", em relação a este Real que ataca com Özil, Di Maria, Ronaldo e Higuaín. Porém, suas características mesclaram-se perfeitamente, até aqui, às de Xabi Alonso. Ambos alternam idas ao ataque e auxílio a marcação. São os chamados "volantes modernos", na plenitude da expressão.

Revelações da última temporada, Özil e Di Maria, teoricamente, disputam vaga na meia ofensiva com Kaká. Mas com o astro brasileiro machucado, os jovens chegaram com árdua tarefa: alimentar com qualidade a dupla infernal de ataque merengue. No passado recente, jogadores como Robben, Sneijder (que brilharia nas mãos de Mourinho) e Van der Vaart mostraram inconstância em tal incumbência. Porém, os garotos vem dando conta do recado.

A trupe, como não poderia deixar de ser, é liderada pelo astro midiático Cristiano Ronaldo, que começa a encontrar seu melhor jogo. No primeiro grande teste desta temporada, o Real só não massacrou o Milan pelo preciosismo na hora da conclusão e uma pitada de má sorte.

Em relação ao Barça, o time perde no quesito entrosamento, já que um time que conta com o trio Iniesta-Xavi-Messi afiados há tempos - além da chegada providencial de Villa em lugar de Ibrahimovic. Mas ao contrário dos últimos clássicos entre os dois, o Real tem bola para jogar tão bem e com eficiência quanto o grande rival. Depois de uma classificação mais do que encaminhada na fase de grupos da Champions, o grande desafio desta primeira parte da temporada é o embate no Camp Nou diante dos blaugranas, em 28 de novembro. Duelo imperdível.

2 comentários:

Net Esportes disse...

É impressionante como ter o atleta do telante com um técnico que sabe o que fazer da resultado .... em qualquer esporte.

Luís Felipe Barreiros disse...

Estamos de volta. Leia o post do nosso retorne e apoie! Conto com vocês!

Um grande abraço,

Luís Barreiros
porforadogramado.blogspot.com