Que a qualidade de Maradona como treinador de futebol contrasta violentamente com sua história como jogador, não é nenhuma novidade. El Pibe não consegue dar um padrão tático à Albiceleste, que convence cada vez menos quando entra em campo. Prova disso foi a dramática classificação dos Argentinos à Copa do Mundo, apenas na quarta colocação da América do Sul. Contudo, algumas atitudes de Maradona beiram ao amadorismo, no que diz respeito aos limites da área técnica.
Para o amistoso contra a Jamaica, no próximo dia 10, Dieguito só chamou jogadores que atuam na Argentina, já que não se trata de uma data Fifa e ele precisa observar jogadores, principalmente para a defesa, calcanhar de Aquiles da equipe atualmente. Para isso, Maradona convocou 22 atletas. Dos escolhidos, quatro eram jogadores do Estudiantes, que estreará no dia anterior na Libertadores contra os peruanos do Juan Aurich, o que inviabilizaria qualquer participação dos atletas Pinchas na partida da Albiceleste. Por isso, o lateral Clemente Rodríguez, os meias Enzo Pérez e José Sosa e o atacante Mauro Boselli acabaram substituídos pelo zagueiro Ignácio Canuto (Argentinos Juniors), os meias Jesús Méndez (Rosario Central) e Patricio Toranzo (Huracán), além do atacante Juan Pablo Pereyra (Atlético Tucumán).
Na convocatória de substitutos, outro problema: o atacante Pereyra teve fratura exposta no nariz na partida contra o San Lorenzo, válida pela estréia das equipes no Torenio Clausura, em 30 de janeiro. Mesmo com a confirmação da fratura em 1 de fevereiro e do posterior afastamento do atacante do Tucumán por 15 dias dos campos, Maradona o incluiu na convocatória anunciada nesta quarta (3 de fevereiro). Depois, teve que corrigir o novo erro ao convocar o atacante Claudio Bieler, do Racing. Com os novos chamados, Maradona chega a marca de 102 jogadores convocados desde o final de outubro de 2008 (veja lista levantada por PVC em seu blog), quando o craque foi escolhido como técnico do selecionado portenho.
A falta de percepção para dirigir uma equipe de futebol cada vez é mais latente no maior ídolo argentino de todos os tempos. Podemos questionar Dunga e criticar alguns atletas de confiança que ele utiliza ao longo de seu trabalho na Seleção Brasileira. Mas a aventura de Maradona à frente da Argentina, por vezes, beira o amadorismo. Tanto que o Olé estampa em seu site e edição impressa desta quinta-feira uma expressão que vem se tornando comum a Argentina da era Maradona como treinador: “Papelón de Selección”.
A lista (re-recorrigida) de Maradona para o jogo contra a Jamaica:
Goleiros: Nelson Ibáñez (Godoy Cruz) e Cristian Campestrini (Arsenal de Sarandí)
Defensores: Matías Caruzzo (Argentinos Juniors), Mariano Echeverría (Chacarita), Leonel Galeano (Independiente), Gabriel Mercado (Racing Club)
Meio-campo: Juan Mercier (Argentinos Juniors), Patricio Toranzo (Huracán), Jesús Méndez (Boca Juniors), Federico Insúa (Boca Juniors), Walter Acevedo (Independiente), Lucas Licht (Racing Club)
Atacantes: Franco Jara (Arsenal da Sarandí), Martín Palermo, Nicolás Gaitán (Boca Juniors), Claudio Bieler (Racing Club) e Gabriel Hauche (Racing Club)
3 comentários:
Opa, blza?
Karaca, Blog legal pakas!
Acompanharei sempre, espero q acompanhe o meu tbm!
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Abraço!
O Maradona mudou o conceito de "jogador de seleção". A Argentina é uma verdadeira esculhambação neste momento.
André, mas a confusão não é só na cabeça do Maradona. É da AFA tb. Isso é mais uma mostra q a federação argentina falha feio na administração do futebol do país.
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