29.11.07

Aprendendo com os erros?

Breno: Uma das jovens esperanças do Brasil nas Olimpíadas de Pequim

As Olimpíadas de 2008 começam daqui duas semanas. Pelo menos para o Brasil, é óbvio. No dia 9 de novembro, a CBF organiza um amistoso entre a Seleção Sub-23 (formada apenas por atletas que têm idade olímpica) e um Combinado formado pelos destaques, do Campeonato Brasileiro que foram eleitos por jornalistas e profissionais da área esportiva. Clima ameno. Jogo festivo. Início de preparação. Não importa. Se o Brasil realmente quer conquistar o tão sonhado ouro olímpico, todo jogo deve ser encarado como um desafio. A partir de agora, cada atleta que entra em campo tem que se esforçar ao máximo para garantir o seu passaporte à Pequim.
O treinador Dunga já disse que esta lista inicial constituirá a base do seu time e convenhamos, essa declaração causa cala-frios. Dentre os 22 convocados, temos muitas surpresas, como a presença de 5 atletas que disputaram a Segunda Divisão Nacional, casos dos lusos Leonardo e Diogo, do lateral-direito Apodi (Vitória) e a atual dupla formada pelos “queridinhos do campeão Coritiba”: Keirrisson e Pedro Ken. Pior para certas estrelinhas carimbadas que fracassaram no Mundial da categoria Sub-21, no início deste ano. Carlinhos do Santos, William (ex-Corinthians) e Renato Augusto do Flamengo não foram sequer citados.
Na minha visão o time é fraco. Até entendo que Dunga está priorizando atletas que não terão, em um prazo curto, alguma oportunidade de vestir a camisa da Seleção Canarinha, deixando totalmente claro que jogadores Sub-23 que podem atuar na seleção principal não deverão ser convocados pelo time olímpico. Dessa maneira, as ausências de Diego do Werder Bremen, Alex Silva do São Paulo, Rafael Sóbis do Betis e companhia são aceitáveis...
Mesmo assim, os nomes relacionados, deixam a desejar, sobretudo do meio-campo para frente. Não dá para entender porque os tecnicamente limitados cruzeirenses Charles e Ramires foram convocados em detrimento dos tricolores Hernanes e Arouca, por exemplo. Como confiar em Pedro Oldoni ao invés de Guilherme do Cruzeiro? Sidney do Internacional e Luisão do Vasco não são melhores do que a zaga formada por Leo e Leandro Almeida?
Sinto falta de maior bagagem do exterior. Atletas que atuam geralmente em times “B” da Europa, e que não são convocados, poderiam engrossar o caldo de nossa equipe. Jô do CSKA, Rafinha do Schalke 04 e Denílson do Arsenal ajudariam a transmitir um pouco mais de experiência à Seleção. Com tantas incógnitas, Breno, Thiago Neves, Diego Souza e Alexandre Pato deverão formar a espinha dorsal de irretocáveis.
Pelo menos, em um ponto Dunga está certo. Pouco adianta formar uma equipe cheia de destaques e nomes conhecidos, se em campo não há uma unidade que faça este time jogar um bom futebol. Que diga Ricardo Gomes, que há três anos atrás, montou uma equipe escalada com Robinho, Diego, Elano, Daniel Carvalho e sequer chegou nas Olimpíadas...
Mesmo assim, a pressão em torno deste título inédito é enorme. É bom o treinador Dunga não vacilar, pois um novo vexame certamente pode custar-lhe o cargo de técnico da equipe principal.

4 comentários:

Gabriel Ruiz disse...

Olá!
Andei lendo meio correndo os posts aqui e observando o blogue, inclusive como tema de apresentação numa das aulas do Mauro. Gostaria de parabenizar pela qualidade do trampo de vcs. Mesmo. Como o próprio prof. disse é um excelente portifólio.
Acho que é amis do que isso: um espaço para falarem de um assunto-paixão, que realizam com extremo talento.

um abraço (a todos) de um bixo (já nostálgico) e bastante orgulhoso. Acho que aprendemos bem.
falou.

gabriel (lagoa?)

André Augusto disse...

Diante do que ele está fazendo na Seleçao principal, não é surpresa a ausência de nomes mais tarimbados na seleção.

Sofrimento garantido...

Abraço!

PB disse...

Esse Breno jogo muito...
Vejam os números históricos do clássico Benfica-Porto e deixem o vosso prognóstico:

www.rola-bola.blogspot.com

Um abraço a todos

Felipe Moraes disse...

Dunga repete na seleção olímpica o que tem feito na principal. Resta saber se o futebol de resultados será o mesmo...

Abraço,
Felipe Leonardo