
Gerrard, com a tradicional cara de perdedor
A classificação não estava difícil. Bastava apenas empatar em casa, contra uma Croácia já classificada, para garantir a vaga na Eurocopa de 2008, a ser disputada na Áustria junto com a Suíça. Mas não foi o que aconteceu.
O que se viu foi um dos maiores vexames do time da rainha, que com a derrota para os croatas ficou em terceiro lugar no grupo E, um ponto atrás da Rússia (se empatasse em número de pontos, ganhava no saldo de gols). Resultado: queda do técnico Steve McLaren e crise na Inglaterra, único dos grandes a ficar de fora da fase final da Euro.
Muito se fala no rico campeonato inglês, nos grandes craques que desfilam por lá. Dizem até que é o melhor campeonato do mundo. Só se for pra ganhar dinheiro. Mesmo contando com um número cada vez maior de estrangeiros, muitos deles craques, o futebol inglês não evolui. É sempre a mesma coisa.
Se for pegar no papel, o time inglês tem grandes jogadores: Ashley Cole, Terry, Rio Ferdinand, Beckham, Gerrard, Lampard, Owen, Rooney, Joe Cole, Peter Crouch, Owen Hargreaves, Wright-Phillips, entre outros. Mas sempre que a coisa aperta, a Inglaterra não segura o rojão e é eliminada. Foi assim nas duas últimas copas e tem sido há muito tempo para os inventores do futebol.
Talvez seja uma implicância pessoal deste autor do post, mas não consigo imaginar a Inglaterra como um time vencedor. O futebol inglês e feio, é sempre a mesma coisa, não apresenta nada de novo, é sempre as duas linhas de quatro. Aparece por lá um Rooney e ele já é endeusado, considerado craque, quando não passa de um ótimo jogador, nada mais que isso.
No jogo contra a Croácia, o único atacante do time era o grandalhão Crouch, que até fez um bonito gol (Owen e Rooney estavam lesionados). Muito pouco para um time que aspira a alguma coisa. Até o próprio técnico croata, Slaven Bilic, criticou o esquema inglês e disse que ficou fácil jogar com uma equipe com apenas um centroavante. Disse mais: “Acordem. Vocês não perderam por causa de problemas táticos. Nós simplesmente fomos melhores. Eu admiro seus jogadores, mas meu time é muito melhor”, finalizou.
O português Mourinho e o brasileiro Felipão são os mais cotados para a vaga aberta depois da queda de McLaren. Sinceramente não sei se um dos dois, ou quem vier a assumir o abacaxi de se tornar técnico da equipe inglesa (com certeza por muito dinheiro, já que o futebol inglês é tão rico...), vai conseguir mudar alguma coisa.
O Mourinho levou o Chelsea a conquistar títulos, mas não levou a tão sonhada Liga dos Campeões, ou seja, só ganhou alguma coisa jogando contra três times (Manchester, Arsenal e Liverpool). Não sei se Felipão agüentaria a pressão e a imprensa inglesa, muito maior do que a enfrentada no Brasil e em Portugal. É esperar pra ver. Mas meu palpite é que não, pelo menos num futuro próximo, tipo uns 50 anos...