Coelho e Kerlon: Fim do futebol-arte ou exagero dos jornalistas de plantão?
O que se viu no Mineirão, no clássico entre Cruzeiro e Atlético, foi alvo de polêmicas repercussões, por vezes até fervorosas e exageradas. O lance da foquinha, protagonizado pelo cruzeirense Kerlon quando o Cruzeiro vencia o rival por 4 a 3, rendeu diversos defensores, tanto de Kerlon quanto o de Coelho.
Os principais defensores do lateral do Galo foram principalmente seus colegas de profissão. Jogadores como o zagueiro Luiz Alberto (Fluminense) e o lateral Kléber (Santos) afirmaram - mesmo podendo ser julgados pelo STJD pelo fato de exporem a sua opinião - que fariam a mesma coisa que o colega de profissão do Atlético. Ou mesmo Dunga, que reconheceu a jogada como "recurso" para parar Kerlon. Outros tantos, na sua maioria jornalistas e ex-jogadores, defenderam as malabarices de Kerlon, afirmando que podar o drible da foquinha do garoto seria como "uma afronta ao futebol arte". Nessas opiniões tão antagônicas, quem teria a razão? Será que o futebol será dominado pelos brutucus de plantão?
Minha visão do acontecido é bastante contestável, eu reconheço. Primeiro: Claro que como um (quase) jornalista que adora futebol, e acima de tudo, o jogo leal e bem jogado, eu deveria discorrer sobre o "crime" que Coelho teria cometido. Mas acho uma grande demagogia a comparação do fato a escassez do futebol-arte e bem jogado no Campeonato Brasileiro. Salvo a excessão de alguns jogadores - provavelmente os contraria numa mão - não é possível exigir um primor de técnica e jogadas brilhantes para esses que aí estão. Prova disso é o incontestável líder São Paulo, que é um time aplicadíssimo taticamente, de ótimos valores, mas que tem na defesa o seu grande trunfo. A zaga tricolor conta com alguns dos melhores zagueiros e volantes do Brasil, fator que faz com que a equipe lidere o campeonato com sobras. Isso é mérito de Muricy e seu elenco, mas quais os atacantes perigosos que temos no Brasil atualmente? Segundo: Não achei nada objetiva a jogada de Kerlon, pois mesmo com sua habilidade de controlar a bola com a cabeça, ele não ia em direção ao gol de fato. É lógico que a entrada de Coelho foi demasiada violenta, mas é errado colocá-lo como grande bandido. Como ouvi muito por aí, porque o jogador cruzeirense não faz esse tipo de lance quando seu time está perdendo? Por isso, não acho certa a comparação a Robinho, na final de 2002, onde o "Rei das Pedaladas" foi para cima de Rogério e estava em direção ao gol, quando estava zero a zero. Com Garrincha então, acho mais imcomparável, pois aquela era uma época muito mais romântica e onde a técnica era mais importante que o preparo físico, algo inconcebível nos dias de hoje. Fora que Mané era maravilhosamente irresponsável. Fazia o que fazia, não importava o adversário e o placar.
Assim como Kerlon, acredito que muitos jogadores como Ronaldo Gáucho, Zidane e tantos outros são capazes de fazer o que ele faz, mas nos encantam objetivamente, com um elástico, chapéus inesperados, calcanhares geniais. Não precisam equilibrar a bola para mostrarem o quanto são craques.
O que me intriga é essa demagogia de muitos "dinosauros" da imprensa, que pregam um futebol-arte arcaico, que só existe em suas memórias. Claro que respeito o argumento de muitos que defendem Kerlon, e não estou generalizando meu pensamento a todos que o defendem. Mas tem muito jornalista (ou pseudo-jornalista) que precisa rever seus conceitos. Quanto a Kerlon, parece um jogador que pode se tornar um bom futebolista, mas ainda acho que ele precisa ser um pouquinho mais pé-no-chão e jogar futebol.
Os principais defensores do lateral do Galo foram principalmente seus colegas de profissão. Jogadores como o zagueiro Luiz Alberto (Fluminense) e o lateral Kléber (Santos) afirmaram - mesmo podendo ser julgados pelo STJD pelo fato de exporem a sua opinião - que fariam a mesma coisa que o colega de profissão do Atlético. Ou mesmo Dunga, que reconheceu a jogada como "recurso" para parar Kerlon. Outros tantos, na sua maioria jornalistas e ex-jogadores, defenderam as malabarices de Kerlon, afirmando que podar o drible da foquinha do garoto seria como "uma afronta ao futebol arte". Nessas opiniões tão antagônicas, quem teria a razão? Será que o futebol será dominado pelos brutucus de plantão?
Minha visão do acontecido é bastante contestável, eu reconheço. Primeiro: Claro que como um (quase) jornalista que adora futebol, e acima de tudo, o jogo leal e bem jogado, eu deveria discorrer sobre o "crime" que Coelho teria cometido. Mas acho uma grande demagogia a comparação do fato a escassez do futebol-arte e bem jogado no Campeonato Brasileiro. Salvo a excessão de alguns jogadores - provavelmente os contraria numa mão - não é possível exigir um primor de técnica e jogadas brilhantes para esses que aí estão. Prova disso é o incontestável líder São Paulo, que é um time aplicadíssimo taticamente, de ótimos valores, mas que tem na defesa o seu grande trunfo. A zaga tricolor conta com alguns dos melhores zagueiros e volantes do Brasil, fator que faz com que a equipe lidere o campeonato com sobras. Isso é mérito de Muricy e seu elenco, mas quais os atacantes perigosos que temos no Brasil atualmente? Segundo: Não achei nada objetiva a jogada de Kerlon, pois mesmo com sua habilidade de controlar a bola com a cabeça, ele não ia em direção ao gol de fato. É lógico que a entrada de Coelho foi demasiada violenta, mas é errado colocá-lo como grande bandido. Como ouvi muito por aí, porque o jogador cruzeirense não faz esse tipo de lance quando seu time está perdendo? Por isso, não acho certa a comparação a Robinho, na final de 2002, onde o "Rei das Pedaladas" foi para cima de Rogério e estava em direção ao gol, quando estava zero a zero. Com Garrincha então, acho mais imcomparável, pois aquela era uma época muito mais romântica e onde a técnica era mais importante que o preparo físico, algo inconcebível nos dias de hoje. Fora que Mané era maravilhosamente irresponsável. Fazia o que fazia, não importava o adversário e o placar.
Assim como Kerlon, acredito que muitos jogadores como Ronaldo Gáucho, Zidane e tantos outros são capazes de fazer o que ele faz, mas nos encantam objetivamente, com um elástico, chapéus inesperados, calcanhares geniais. Não precisam equilibrar a bola para mostrarem o quanto são craques.
O que me intriga é essa demagogia de muitos "dinosauros" da imprensa, que pregam um futebol-arte arcaico, que só existe em suas memórias. Claro que respeito o argumento de muitos que defendem Kerlon, e não estou generalizando meu pensamento a todos que o defendem. Mas tem muito jornalista (ou pseudo-jornalista) que precisa rever seus conceitos. Quanto a Kerlon, parece um jogador que pode se tornar um bom futebolista, mas ainda acho que ele precisa ser um pouquinho mais pé-no-chão e jogar futebol.
8 comentários:
O Kerlon vai acabar com um lesão grave se continuar com esse drible, que a meu ver não acrescenta muito ao futebol arte. Bom petecador? sim....
Mas se for assim vamos contratar a Milene Domingues então, creio que ela dará conta do recado, pois peteca muito bem, além de ser bem mais bonita que o "jogador foquinha".
abraços
O Coelho não deveria ser severamente punido como a impresa ou o STJD querem. Deveria cumprir a suspensão normal, pelo cartão vermelho que recebeu e acabou a discussão. O lance não pode ser comparado com uma cusparada, uma solada mais grave ou um carrinho irresponsável só porque o jogador adversário estava "petecando" a bola. E fazê-lo em um clássico, com o clima quentíssimo dentro de campo, isso sim, é ser irresponsável.
Eu gostei da foquinha!!!!!
Desrespeitar um time é agredir o jogador adversário, é insultar a torcida, é infelizmente a corrupção dos dirigentes e principalmente a violência entre as torcidas.
O Brasil precisa de craques dentro do seu país, não jogando fora e internacionalizando a seleção.
Mas o povo, incluindo o Dunga, apoiarem o Coelho é muito complicado.
Abraços,
É muita tempestade em copo d'agua nem o Coelho quebrou o Kerlon e nem o Kerlon esta errado em fazer a jogada. Tudo tem seu lado e sua explicação, eu acho que falta inteligencia nas analises dos jornalistas televisivos, eles não conseguem materias interessantes e por isso fica martelando nisso!Abração Andre
deixa o guri driblar. Agora, qual a regra básica na várzea nessa caso: quem faz firula corre o risco de levar pancada. Se levar põe a bola no chão e cobra a falta. Pronto. O Coelho levou o vermelho, dá dois jogos pra ele e ponto final.
Abraço
Viva o futebol-arte! Sempre!!!!
Bacana o blog! Vou indicar a leitura no meu...Depois passem lá.
Abraços!
Li muita coisa sobre esse caso do Kerlon. Acho que ele deveria parar com esse malabarismo por que isso não é futebol arte não. Parabéns pelo blog,já linkei no meu.www.blogdorobertosilva.zip.net
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