A obsessão em ser tornar a maior equipe do mundo a qualquer custo – literalmente falando – faz com que o Real Madrid jogue investimentos ralo abaixo. O post “Êxodo da legião holandesa”, feito aqui pouco antes do início desta temporada, falava sobre exatamente sobre isso. E como bem escreveram os parceiros do Papo de Craque e Marcação Cerrada, chega a ser irônico que Inter e Bayern chegassem às semifinais da Champions League graças aos gols decisivos de Sneijder e Robben, dois “dispensáveis” segundo o planejamento merengue do início da temporada. Já o Real está há seis temporadas sendo eliminado nas oitavas, muito pouco para o maior vencedor do principal torneio de clubes do mundo.
É fato que havia pouco clima para os dois holandeses, mas não podemos deixar de notar a importância deles em suas novas casas. Jogador de características raras no futebol atual, a de armador centralizado de jogadas (ou playmaker), Sneijder é tão imprescindível na Inter de Mourinho quanto o artilheiro Milito, o incansável Cambiasso ou o goleiro Júlio César. Desde que chegou à Milão, o camisa 10 fez 33 partidas, com seis gols e 11 assistências. Exímio passador e cobrador de faltas, está em um melhor momento que o também habilidoso Rafael Van der Vaart, homem que deveria fazer tal função no Real de Pellegrini.
Já Robben havia mostrado que poderia ser útil na pré-temporada e parecia que havia conquistado um lugar no Santiago Bernabéu para esta temporada. Porém, saiu da sombra da incerteza do Real para ser tornar, ao lado de Ribéry (alvo de especulação constante do time madrileno, ironicamente), o principal jogador da equipe comandada por Louis Van Gaal. Em 29 partidas, o camisa 10 bávaro contabiliza 16 gols e seis assistências. Tem mais liberdade de atuar em campo e não fica restrito apenas à esquerda, como nos tempos de Real e Chelsea. Vem atravessando momento ímpar na carreira, ao ser decisivo nos dois duelos recentes contra o Manchester United, e na fase anterior da competição, contra a Fiorentina.
Ambos seriam boas opções para substituir Kaká, que está às voltas com contusões e mau futebol com a camisa oito merengue. Vendidos por € 40 milhões (€ 25 mi de Robben e € 15 mi de Sneijder), custaram cerca de ¼ do valor de seus substitutos, Kaká e Cristiano Ronaldo – só o último corresponde o investimento, até aqui. Na briga pelo título espanhol – o único que restou após a precoce eliminação para o Lyon na Champions – o Real foi batido em El Clásico em casa e vê o título doméstico longe. Os dois gols do Barcelona, “made in canteras” com Messi e Pedro. O capitão Casillas e o contestável Arbeloa eram os únicos formados no clube entre os 11 iniciais, contrastando com os sete blaugranas que começaram a partida no Santiago Bernabéu (mais Iniesta, que entrou na segunda etapa). É onde mora atualmente a diferença brutal entre os eternos rivais: um quer comprar a fama a qualquer custo, o outro simplesmente a faz naturalmente, por conta de suas ações dentro e fora de campo.
Já Robben havia mostrado que poderia ser útil na pré-temporada e parecia que havia conquistado um lugar no Santiago Bernabéu para esta temporada. Porém, saiu da sombra da incerteza do Real para ser tornar, ao lado de Ribéry (alvo de especulação constante do time madrileno, ironicamente), o principal jogador da equipe comandada por Louis Van Gaal. Em 29 partidas, o camisa 10 bávaro contabiliza 16 gols e seis assistências. Tem mais liberdade de atuar em campo e não fica restrito apenas à esquerda, como nos tempos de Real e Chelsea. Vem atravessando momento ímpar na carreira, ao ser decisivo nos dois duelos recentes contra o Manchester United, e na fase anterior da competição, contra a Fiorentina.
Ambos seriam boas opções para substituir Kaká, que está às voltas com contusões e mau futebol com a camisa oito merengue. Vendidos por € 40 milhões (€ 25 mi de Robben e € 15 mi de Sneijder), custaram cerca de ¼ do valor de seus substitutos, Kaká e Cristiano Ronaldo – só o último corresponde o investimento, até aqui. Na briga pelo título espanhol – o único que restou após a precoce eliminação para o Lyon na Champions – o Real foi batido em El Clásico em casa e vê o título doméstico longe. Os dois gols do Barcelona, “made in canteras” com Messi e Pedro. O capitão Casillas e o contestável Arbeloa eram os únicos formados no clube entre os 11 iniciais, contrastando com os sete blaugranas que começaram a partida no Santiago Bernabéu (mais Iniesta, que entrou na segunda etapa). É onde mora atualmente a diferença brutal entre os eternos rivais: um quer comprar a fama a qualquer custo, o outro simplesmente a faz naturalmente, por conta de suas ações dentro e fora de campo.
3 comentários:
Perfeito o texto. E obrigado pela menção ao Marcação!
O mais impressionante é que o Real segue errando feio, ano após ano, vendo um exemplo tão claro de sucesso logo ao seu lado.
Excelente observação
O Real é um poço sem fundo. Quem cai lá afunda. Algo como o que ocorria com o Flamengo, tempos atrás.
Parece que o Real não tem planejamento sério no futebol.
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