O vôlei pode ser considerado o segundo esporte na preferência nacional, dividindo seu posto com a Fórmula 1. Nos jogos olímpicos de Pequim, as Seleções masculina e feminina conquistaram medalhas de prata e ouro, respectivamente. A seleção masculina, franca favorita, acabou não correspondendo a supremacia conquistada nos últimos anos enquanto as mulheres superaram um histórico recente de decepções e conquistaram o ouro frente aos Estados Unidos. O motivo para o crescimento - iniciado com a Geração de Prata masculina de 84, em Los Angeles – foi efetivamente a organização e fortalecimento do vôlei nacional, com o início da história da Superliga, em 1994.
Com a organização dos campeonatos nacionais, gradualmente as equipes se fortaleceram, principalmente no quesito de segurar alguns dos principais atletas no Brasil, algo que ainda é um sonho muito distante no futebol brasileiro. A empolgação trazida pelo Pan do Rio de Janeiro e a medalha dourada de Pequim, ano passado, foi quebrada após outra grande final de Superliga, disputada outra vez entre Osasco/Finasa e Rio de Janeiro/Rexona-Ades, assim como nas últimas quatro temporadas. A vitória das cariocas por 3-2 – a quarta consecutiva em finais - em um jogo emocionante não foi o único balde de água fria nas osasquenses. Nesta semana o Bradesco, principal patrocinador da equipe, anunciou o fim da equipe profissional, dedicando-se exclusivamente na continuidade das categorias de base e aos trabalhos sociais. O fim inesperado pegou dirigentes, jogadoras e torcedores de surpresa, deixando entre as “desempregadas” quatro campeãs olímpicas: Paula Pequeno, Sassá, Carol Albuquerque e Thaísa.
Ainda agravando-se ao fato do fim do projeto de 20 anos do Osasco, outra equipe feminina encerrou suas atividades: os catarinenses do Brusque/Brasil Telecom também estão órfãos do voleibol. “Estamos todas chocadas. Nunca imaginávamos que isso poderia acontecer. Ainda é muito cedo para falar porque isso tudo aconteceu hoje à tarde e pegou todo mundo de surpresa, mas é muito triste receber uma notícia dessas pelo telefone”, afirmou Carol, do Osasco ao Globoesporte. Além de Osasco e Brusque no feminino, a Medley não continuará no Banespa e Ulbra e Bento Gonçalves tem seus projetos ameaçados na Superliga masculina caso não encotrem outro patrocinador. A preocupação das jogadoras sem clube tenta ser amenizada pelas declarações do presidente da CBV, Ary Graça, que afirmou ter propostas para inclusão de equipes cariocas e mineiras na Superliga e que mexerá nos critérios para inclusão das jogadoras nas equipes, uma espécie de ranking que evita que diversas jogadoras de alto nível fiquem em uma equipe só. Ainda assim, os novos investidores podem não pagar o alto salário das campeãs olímpicas, que por sua vez, podem rumar ao exterior.
O fim da parceria com o Bradesco já estava selada, com ou sem o título da Superliga, segundo levantou Erich Beting em seu blog. O investimento de aproximadamente R$ 12 milhões anuais parece irrisório ante a um lucro estimado em R$ 7,62 bilhões em 2008. Mas o fator financeiro não foi decisivo para a derrocada da parceria. E aqui entra a minha crítica, semelhante ao de Erich e Luciano Smanioto do blog Ataque e Defesa, a qual já fiz informalmente: a da política global de não pronunciar o nome do patrocinador. Com a adoção da estratégia do naming rights, clubes de vôlei e basquete dependem disso para continuar existindo, diferente das tradições clubísticas do futebol. Se o patrocinador não investir, as equipes não podem existir. Então o porquê dessa política estúpida de chamar as equipes de “Osasco”, “Rio de Janeiro” e “Brusque”, quando há o investimento e ele requer retorno, justo nesse caso? No futebol, acontece a mesma coisa com o Pão de Açúcar Esporte Clube, toscamente chamado de “PAEC” ou de Embu, onde a equipe paulista é sediada.
A fórmula de decisão em apenas uma partida é imposição da Globo, que transmitiu as partidas da temporada regular no Sportv e as finais na TV aberta, no último final de semana. Nada mais justo do que chamar as equipes pela sua nomenclatura oficial, já que a emissora também é beneficiária. E nos programas, os jornalistas vivem falando em incentivo e espírito Olímpico, tão pregado pela Globo durante o Pan, em seu quintal. O exemplo deveria vir de cima. Além da intransigência global, a principal patrocinadora da CBV é o Banco do Brasil, concorrente do Bradesco. E Ary Graça – que vem fazendo ótimo trabalho no vôlei – falhou no quesito de “apaziguar” a rivalidade em nome da manutenção da força do vôlei.
Com a organização dos campeonatos nacionais, gradualmente as equipes se fortaleceram, principalmente no quesito de segurar alguns dos principais atletas no Brasil, algo que ainda é um sonho muito distante no futebol brasileiro. A empolgação trazida pelo Pan do Rio de Janeiro e a medalha dourada de Pequim, ano passado, foi quebrada após outra grande final de Superliga, disputada outra vez entre Osasco/Finasa e Rio de Janeiro/Rexona-Ades, assim como nas últimas quatro temporadas. A vitória das cariocas por 3-2 – a quarta consecutiva em finais - em um jogo emocionante não foi o único balde de água fria nas osasquenses. Nesta semana o Bradesco, principal patrocinador da equipe, anunciou o fim da equipe profissional, dedicando-se exclusivamente na continuidade das categorias de base e aos trabalhos sociais. O fim inesperado pegou dirigentes, jogadoras e torcedores de surpresa, deixando entre as “desempregadas” quatro campeãs olímpicas: Paula Pequeno, Sassá, Carol Albuquerque e Thaísa.
Ainda agravando-se ao fato do fim do projeto de 20 anos do Osasco, outra equipe feminina encerrou suas atividades: os catarinenses do Brusque/Brasil Telecom também estão órfãos do voleibol. “Estamos todas chocadas. Nunca imaginávamos que isso poderia acontecer. Ainda é muito cedo para falar porque isso tudo aconteceu hoje à tarde e pegou todo mundo de surpresa, mas é muito triste receber uma notícia dessas pelo telefone”, afirmou Carol, do Osasco ao Globoesporte. Além de Osasco e Brusque no feminino, a Medley não continuará no Banespa e Ulbra e Bento Gonçalves tem seus projetos ameaçados na Superliga masculina caso não encotrem outro patrocinador. A preocupação das jogadoras sem clube tenta ser amenizada pelas declarações do presidente da CBV, Ary Graça, que afirmou ter propostas para inclusão de equipes cariocas e mineiras na Superliga e que mexerá nos critérios para inclusão das jogadoras nas equipes, uma espécie de ranking que evita que diversas jogadoras de alto nível fiquem em uma equipe só. Ainda assim, os novos investidores podem não pagar o alto salário das campeãs olímpicas, que por sua vez, podem rumar ao exterior.
O fim da parceria com o Bradesco já estava selada, com ou sem o título da Superliga, segundo levantou Erich Beting em seu blog. O investimento de aproximadamente R$ 12 milhões anuais parece irrisório ante a um lucro estimado em R$ 7,62 bilhões em 2008. Mas o fator financeiro não foi decisivo para a derrocada da parceria. E aqui entra a minha crítica, semelhante ao de Erich e Luciano Smanioto do blog Ataque e Defesa, a qual já fiz informalmente: a da política global de não pronunciar o nome do patrocinador. Com a adoção da estratégia do naming rights, clubes de vôlei e basquete dependem disso para continuar existindo, diferente das tradições clubísticas do futebol. Se o patrocinador não investir, as equipes não podem existir. Então o porquê dessa política estúpida de chamar as equipes de “Osasco”, “Rio de Janeiro” e “Brusque”, quando há o investimento e ele requer retorno, justo nesse caso? No futebol, acontece a mesma coisa com o Pão de Açúcar Esporte Clube, toscamente chamado de “PAEC” ou de Embu, onde a equipe paulista é sediada.
A fórmula de decisão em apenas uma partida é imposição da Globo, que transmitiu as partidas da temporada regular no Sportv e as finais na TV aberta, no último final de semana. Nada mais justo do que chamar as equipes pela sua nomenclatura oficial, já que a emissora também é beneficiária. E nos programas, os jornalistas vivem falando em incentivo e espírito Olímpico, tão pregado pela Globo durante o Pan, em seu quintal. O exemplo deveria vir de cima. Além da intransigência global, a principal patrocinadora da CBV é o Banco do Brasil, concorrente do Bradesco. E Ary Graça – que vem fazendo ótimo trabalho no vôlei – falhou no quesito de “apaziguar” a rivalidade em nome da manutenção da força do vôlei.
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