Há pouco mais de dois meses, o Internacional vencia o Campeonato Gaúcho invicto. Muitos torcedores e jornalistas exaltavam não só o feito Colorado – com média de gols superior a três, 67 em 21 jogos – mas o bom futebol mostrado pelos comandados de Tite, principalmente D’Alessandro, Nilmar e Taison. À época, relatei no blog no post “O melhor do Brasil?” que o Inter jogava, sem dúvidas, futebol vistoso. Mas necessitava ser confrontado por times mais técnicos e tarimbados, já que no Gauchão enfrentou um Grêmio com a cabeça na Libertadores, além de adversários fracos no certame local e na Copa do Brasil, que até então, ainda estava em seu início.
Hoje, a situação daqueles que exaltavam o Inter se inverte, como é de praxe na louca roda-gigante que é a cabeça dos torcedores e de alguns jornalistas esportivos. Após as derrotas ante o Corinthians – em dois jogos duríssimos pela final da Copa do Brasil – e LDU – pela final da Recopa – o time já “não presta”, a fase boa já passou e outros absurdos do gênero. Principalmente do meio-campo pra frente, o Inter é um time excelente. Se não perder Nilmar para a Europa, melhor ainda.
O calcanhar de Aquiles colorado parece ser a defesa. Kleber – apesar de ser integrante da Seleção Brasileira – vive mau momento; Bolívar não consegue mais quebrar o galho como lateral-direito e por aquele setor, se iniciaram várias jogadas dos últimos gols sofridos pela equipe; Índio, Álvaro e Danny Morais parecem não se acertar no miolo de zaga, como visto nos gols sofridos pelo Inter em jogadas aéreas e infiltrações pelo meio da defesa. A direção poderia aproveitar a abertura da janela de transferências para trazer ao menos um zagueiro e um ala direito para tentar recolocar o time nos eixos, novamente. Perdeu também muito rendimento individual do seu trio ofensivo D'Ale-Taison-Nilmar, além de jornadas irregulares de Magrão. O único que manteve o bom futebol desde o início de ano foi o incansável Guiñazu, também peça imprescindível para este início de recuperação colorada.
Por mais dolorosos que os vices possam parecer, o Inter tem grandes chances de título e de vaga na Libertadores. É o atual líder do Brasileirão – jogando muitas partidas com o time misto ou reserva, até aqui – e está longe de ser um time que vá sofrer qualquer tipo de um grande desmanche. O problema deve ser a pressão em cima de Tite, principalmente se a equipe não se recuperar nas próximas rodadas do campeonato nacional. Certamente, o divisor de águas para o contestado técnico será o Grenal do próximo dia 19. Uma derrota para o principal rival certamente derrubará o treinador, assim como aconteceu com Celso Roth na partida em que os gremistas foram eliminados pelos colorados no Gauchão. Perder dois títulos e a invencibilidade de sete partidas diante do maior rival em menos de um mês seria uma combinação letal ao técnico, que passa a conviver com a grande sombra de dois treinadores disponíveis no mercado nacional: Luxemburgo e Muricy, com o último tendo grande identificação e familiaridade com o Beira-Rio.
Um comentário:
Mt bom ter lembrado do ultimo post, pq todos comentaram da falta de adversarios fortes no caminho do Inter. Precisa ver agora se nao vai acontecer a mesma coisa que no nacional do ano passado...
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