17.12.06

Uma Vitória Épica!!!

Um time monstruoso, jogadores gigantes e um título incontestável. Foi esse o espírito do legítimo campeão do mundo, o Sport Club Internacional. Isso mesmo! O Colorado de Porto Alegre venceu o dito “poderoso” Barcelona para entrar no seleto grupo dos times que foram até o Japão para se sagrar campeão.

O que se viu em campo foi um Inter guerreiro, aguerrido, nervoso também, mas que acima de tudo não teve medo jogar de igual para igual com o time catalão. Foi a vitória da força de um conjunto determinado, que venceu a libertadores de forma brilhante e não se acovardou em nenhum momento durante todo o brasileirão.

Hoje, jogadores tidos como comuns, como Fabiano Eller, Índio, Clemer, Edinho, Wellington, Iarley, Ceará, Luis Adriano e o autor do gol Adriano Gabiru mostraram que o futebol vencedor não é feito apenas de pedaladas inúteis, toques desnecessários e excesso de preciosismo. Jogadores esses que mostraram para o mundo o jeito brasileiro de ganhar 300,00 reais por mês e fazer da força de vontade a sua maior virtude.

Esse título é um verdadeiro presente para a garra de Abel Braga, tantas vezes criticado por induzir a violência, que hoje conduziu uma equipe que não deu um ponta-pé para segurar o Barça. Aliás, tenho certeza de que o verbo segurar não retrata o que foi a partida, pois apesar de ter dominado as ações no meio-campo, o time espanhol não demonstrou grande superioridade tática em relação ao gigante da Beira-Rio.

Ao meu ver, as únicas coisas que os catalões tiveram mais que o Inter foi o Marketing e a firula. Sinceramente, continuo acreditando que os espanhóis são uma das maiores equipes do mundo, mas é inegável que seus jogadores abusam do preciosismo e, em muitos lances, tentam enfeitar demais as jogadas. Essa não uma crítica apenas a Ronaldinho Gaúcho, e sim a toda a representação do Barcelona.

Chaves da vitória

Além da raça, da determinação e da força do conjunto, já citadas acima, pesaram as ausências de Eto´o e Messi, principalmente a do camaronês, substituído pelo esforçado, porém atrapalhado Gudjohnsen.
Soma-se a esses fatores a grande partida de Ceará, o “Willian Defoe” brasileiro, na marcação do Ronaldinho, a grande segurança e disposição tática de Índio e Fabiano Eller, a firmeza de Clemêr quando exigido, e a fibra inesgotável de Iarley, o grande nome do jogo (apesar disso, foi o Deco quem levou a bola de ouro).


O Opinião FC congratula os campões pela grande conquista, com a certeza de que os craques jogam realmente no exterior, mas os grandes campeões, em qualquer lugar do mundo, jogam com o coração, e fazem da união a sua maior estrela. A Copa de 2006 já havia mostrado isso ao mundo...

4 comentários:

André Augusto disse...

Foi uma vitória incontestável...
Enquanto os europeus olharem os sul-americanos com desdém e indiferença, as disputas desse tipo sempre serão vencidas pelo futebol mais humilde e mais raçudo do hemisfério sul.

Parabéns Colorado!

Erick Amirat disse...

Essa vitória mais uma vez mostrou a força do futebol brasileiro que não tem nem 5 % da mídia e da propaganda dos grandes campeonatos europeus. Esse campeonato mundial mostra pela segunda vez consecutiva que nunca se deve desprezar o conjunto brasileiro. Isso aconteceu com o São Paulo ano passado e hoje, mais uma vez a arrogância e o "já ganhou" dos europeus ficou pra trás .

Anônimo disse...

Brilhante. Ótimas e seguras constatações. Parabéns pelo texto.
Abraço do gaúcho, colorado e campeão do mundo.
Gustavo

Thiago Barretos disse...

A vitória do Internacional mostra que um time mesmo sem estrelas, se tiver um conjunto entrosado pode vencer qualquer equipe. O mérito colorado é maior que o do campeão anterior, o São Paulo, pois diante um adversário muito mais forte os gaúchos conquistaram o inédito título. Pior para aqueles jogadores que saíram da equipe após a Libertadores, como Sóbis e Jorge Wágner, que hoje são reservas na Europa e perderam a oportunidade de escreverem o seu nome na história do clube.