O levantador e capitão da seleção brasileira de vôlei, Ricardinho, com a taça da Copa do Mundo.
Foi assim que Raúl Lozano, o técnico argentino que comanda a seleção polonesa de voleibol, definiu como foi a vitória brasileira na final da Copa do Mundo de Vôlei, disputada no Japão. O bicampeonato da seleção brasileira coroou toda uma metodologia e seriedade do vôlei nacional, desde a organização dos campeonatos e estrutura, passando pelas categorias de base e chegando até a seleção principal, brilhantemente capitaneada pelo técnico Bernardo Resende, o Bernardinho. O atual técnico da seleção masculina foi um dos ícones da chamada "Geração de Prata", que ganhou a medalha de prata nas Olimpíadas de Los Angeles,em 1984. Era o levantador daquele time, que abria caminho para a hegemonia do vôlei, mais de 20 anos depois.
Após a conquista em Los Angeles e comandado pelo competente José Roberto Guimarães, viria a primeira de muitas glórias da seleção brasileira: a conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992. Esse título em particular, abriu caminho para uma verdadeira "voleimania" no Brasil, que se acentuou com a conquista da Liga Mundial em 1993. O período de renovação e a hegemonia italiana que se seguiu após a ascensão brasileira na elite do vôlei levaram a seleção a uma escassez de conquistas de expressão.
Mas nos bastidores a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) fortalecia a liga nacional de vôlei. Presidida por Carlos Nuzman, atual presidente do COB, criou a Superliga de vôlei, atraiu diversos investidores para o esporte. Eles investiam na manutenção de alguns dos principais jogadores do país e que ainda injetou capital na infra-estrutura das equipes, iniciando um processo de garimpagem de novos talentos. Enquanto as equipes nacionais se fortaleciam, surgia uma nova geração de jogadores, como Giba, Ricardinho e cia. Depois de algumas trocas no comando da seleção, Bernardinho, que até então tinha comandado a seleção feminina e o time do Rexona, foi indicado para o comando da seleção Masculina, em 2001. Parceria essa que traria muitas alegrias ao vôlei nacional. Começou com a conquista de Liga Mundial de 2001, o primeiro dos 17 títulos que Bernardinho conquistou a frente da seleção. Vieram a Copa do Mundo em 2003 e o bicampeonato olímpico em Atenas, 2004. E foi mais que coroada com o bicampeonato mundial conquistado no Japão. Saldo de Bernardinho à frente da seleção: 17 títulos em 21 finais disputadas. Um aproveitamento que certamente ajudou o técnico Lozano a dizer que essa é a "maior equipe que ele já viu jogar".
Conquistas respaldadas pelo presidente da CBV, Ary Graça, que se mostrou um exímio administrador. Vislumbrou a construção do Centro de Desenvolvimento de Voleibol, localizado em Saquarema, no Rio de Janeiro. O centro é referência mundial no aprimoramento do vôlei, para todas as categorias do masculino e feminino, da infanto-juvenil até a adulta. Na conquista dessa última Copa do Mundo, o Brasil deu uma aula de voleibol. Em todos os sentidos. Com uma preparação planejada, o Brasil foi demolindo seus adversários, somando apenas uma derrota em toda a competição. Mesmo com o desentendimento momentâneo de alguns atletas do elenco, o time se uniu e mostrou porque é a melhor equipe de vôlei da atualidade e uma das maiores da história da modalidade. Na final, contra os promissores poloneses, um show. A Polônia, que até então não havia perdido uma partida e apenas três sets em toda a Copa, não resistiu ao jogo rápido e agressivo do Brasil. E foi atropelada.
Por isso, a seleção de vôlei é um exemplo de empenho no mundo esportivo brasileiro. Organização, comprometimento, dirigentes sérios e jogadores que, acima de tudo, nos fazem ter orgulho do esporte nacional. A equipe brasileira é considerada uma das melhores seleções de todos os tempos, com uma hegemonia no vôlei atual que se assemelha a outras grandes seleções da modalidade - URSS (nas décadas de 60 e 70), EUA (década de 80) e Itália (década de 90). Realmente, uma geração de ouro, na qual outros esportistas, muito populares, deveriam se espelhar.
Após a conquista em Los Angeles e comandado pelo competente José Roberto Guimarães, viria a primeira de muitas glórias da seleção brasileira: a conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992. Esse título em particular, abriu caminho para uma verdadeira "voleimania" no Brasil, que se acentuou com a conquista da Liga Mundial em 1993. O período de renovação e a hegemonia italiana que se seguiu após a ascensão brasileira na elite do vôlei levaram a seleção a uma escassez de conquistas de expressão.
Mas nos bastidores a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) fortalecia a liga nacional de vôlei. Presidida por Carlos Nuzman, atual presidente do COB, criou a Superliga de vôlei, atraiu diversos investidores para o esporte. Eles investiam na manutenção de alguns dos principais jogadores do país e que ainda injetou capital na infra-estrutura das equipes, iniciando um processo de garimpagem de novos talentos. Enquanto as equipes nacionais se fortaleciam, surgia uma nova geração de jogadores, como Giba, Ricardinho e cia. Depois de algumas trocas no comando da seleção, Bernardinho, que até então tinha comandado a seleção feminina e o time do Rexona, foi indicado para o comando da seleção Masculina, em 2001. Parceria essa que traria muitas alegrias ao vôlei nacional. Começou com a conquista de Liga Mundial de 2001, o primeiro dos 17 títulos que Bernardinho conquistou a frente da seleção. Vieram a Copa do Mundo em 2003 e o bicampeonato olímpico em Atenas, 2004. E foi mais que coroada com o bicampeonato mundial conquistado no Japão. Saldo de Bernardinho à frente da seleção: 17 títulos em 21 finais disputadas. Um aproveitamento que certamente ajudou o técnico Lozano a dizer que essa é a "maior equipe que ele já viu jogar".
Conquistas respaldadas pelo presidente da CBV, Ary Graça, que se mostrou um exímio administrador. Vislumbrou a construção do Centro de Desenvolvimento de Voleibol, localizado em Saquarema, no Rio de Janeiro. O centro é referência mundial no aprimoramento do vôlei, para todas as categorias do masculino e feminino, da infanto-juvenil até a adulta. Na conquista dessa última Copa do Mundo, o Brasil deu uma aula de voleibol. Em todos os sentidos. Com uma preparação planejada, o Brasil foi demolindo seus adversários, somando apenas uma derrota em toda a competição. Mesmo com o desentendimento momentâneo de alguns atletas do elenco, o time se uniu e mostrou porque é a melhor equipe de vôlei da atualidade e uma das maiores da história da modalidade. Na final, contra os promissores poloneses, um show. A Polônia, que até então não havia perdido uma partida e apenas três sets em toda a Copa, não resistiu ao jogo rápido e agressivo do Brasil. E foi atropelada.
Por isso, a seleção de vôlei é um exemplo de empenho no mundo esportivo brasileiro. Organização, comprometimento, dirigentes sérios e jogadores que, acima de tudo, nos fazem ter orgulho do esporte nacional. A equipe brasileira é considerada uma das melhores seleções de todos os tempos, com uma hegemonia no vôlei atual que se assemelha a outras grandes seleções da modalidade - URSS (nas décadas de 60 e 70), EUA (década de 80) e Itália (década de 90). Realmente, uma geração de ouro, na qual outros esportistas, muito populares, deveriam se espelhar.
3 comentários:
Prezado André,
Belo texto, parabéns.
Se o mesmo trabalho tivesse sido implantado na seleção Brasileira teríamos sido penta, não tenho dúvida nenhuma disso.
Abração
Se der, da uma passada no meu humilde blog, sua presença me honraria muito, valeu...
Muito bom o post, André.
Sou muito fã do esporte, especialmente dessa seleção brasileira. É um exemplo de eficiência e organização no esporte, que estão em falta em outras modalidades.
Um Abraço, Felipe Leonardo
Em entervista ao Cartão Verde o técnico Bernardinho falou do desafio que é manter essas estrelas com a cabeça no lugar e motivadas depois de tantos títulos.
O trabalho feito na nossa seleção de vôlei é exemplo! Pena que o basquete, hand e até mesmo o futebol parece não ver isso...
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