18 de dezembro de 2006. Um dia para ser guardado na memória do futebol brasileiro. Um dia que mostra como a superação e a determinação de um atleta podem alcançar proporções incomensuráveis. Não estou falando do título do Internacional, nem do fracasso de Ronaldinho Gaúcho, mas sim, falo de Marta Vieira da Silva, primeira atleta brasileira a conquistar o prêmio de melhor jogadora de futebol do mundo.
Natural de Dois Riachos, interior de Alagoas, Marta abandonou as “peladas” de rua com seus amigos para tentar a sorte em algum time importante. Iniciou sua carreira em 2000, pelo Vasco da Gama, clube que permaneceu até meados de 2002. Destacando-se pela sua habilidade e pelo seu ótimo poder de finalização (poder esse comprovado quando a alagoana tornou-se artilheira do Campeonato Brasileiro Juvenil, em 2001), a atacante canhota logo foi convocada para representar o Brasil em suas categorias de base.
E Marta não fez feio. Tanto que em 2002, em seu primeiro torneio com a amarelinha, já foi eleita a revelação do Munvelação do Mundial Sub-19. No ano seguinte, Marta ascendeu para a equipe principal e surgiu como uma das grandes responsáveis pela conquista da medalha de ouro no Pan-Americano de Santo Domingos, República Dominicana. Nesse mesmo ano, a atacante ajudou o Brasil a terminar a Copa do Mundo dos Estados Unidos na 4ª colocação.
Seu desempenho em torneios com âmbito internacional fez com que os suecos do Umea IK Fotbol se interessassem pelo seu futebol e lhe contratassem no início de 2004. 2004, inclusive, foi o ano de glória para Marta. A alagoana reala Marta. A alagoana realizou uma excepcional Olimpíada e ao lado de Cristiane liderou a jovem equipe brasileira até a surpreendente final. Na decisão, o Brasil sufocou os Estados Unidos, e por pouco, não saiu de campo com a vitória.
O show de Marta rendeu-lhe uma indicação ao prêmio de melhor jogadora no ano. Era a reafirmação de que Marta realmente tinha virado uma estrela de nível mundial. A terceira colocação em 2004 e a vice-colocação em 2005 amadureceram a atleta o suficiente para que nesse ano, ela se tornasse a melhor jogadora de futebol no mundo, ficando na frente da norte-americana Kristine Lilly e da alemã Renate Lingor.
Ainda assim, muitos dirão que há certo exagero em minha colocação. Não acredito.
Afinal, todos sabem que no Brasil a mulher já é discriminada pela sociedade em seu cotidiano. Quando o assunto é futebol, então, esse preconceito toma proporções ainda maiores. Existe um grande entrave conservador entre torcedores, jornalistas e comentaristas que legitima a velha frase: “Futebol é um esporte viril, másculo, coisa para homem”.
A conquista de Marta congratula uma atleta que com apenas 20 anos de idade, lutou contra tudo e contra todos para realizar seu sonho de praticar futebol e ganhar reconhecimento mundial em uma modalidade inexistente no Brasil (sim, apesar da medalha de prata do futebol feminino nas Olimpíadas de 2004, não existe nenhum campeonato nacional para as mulheres). O descaso brasileiro faz com que percamos nossos jovens valores e deixemos de incentivar futuras promessas.
"Eu não vejo no futebol internacional, acredite em mim, ninguém melhor que ela". (Andrée Jeglertz, técnico do Umea).
"Foi bonito ver avanços de zagueiras ao ataque, jogadoras de meio-de-campo armando jogadas bem à frente, e, no ataque, uma número 10 chamada Marta, só de 19 anos de idade, só 1,61 m, zigue-zagueando e dançando no meio das zagueiras americanas". (George Vecsey, repórter esportivo do New York Times, descrevendo a final das Olimpíadas de 2004).
"Marta é uma das melhores que já vi jogar. Ela é a 'coisa real'". (Mia Hamm, lendária jogadora norte-americana que venceu o prêmio de melhor jogadora em duas oportunidades).
Natural de Dois Riachos, interior de Alagoas, Marta abandonou as “peladas” de rua com seus amigos para tentar a sorte em algum time importante. Iniciou sua carreira em 2000, pelo Vasco da Gama, clube que permaneceu até meados de 2002. Destacando-se pela sua habilidade e pelo seu ótimo poder de finalização (poder esse comprovado quando a alagoana tornou-se artilheira do Campeonato Brasileiro Juvenil, em 2001), a atacante canhota logo foi convocada para representar o Brasil em suas categorias de base.
E Marta não fez feio. Tanto que em 2002, em seu primeiro torneio com a amarelinha, já foi eleita a revelação do Munvelação do Mundial Sub-19. No ano seguinte, Marta ascendeu para a equipe principal e surgiu como uma das grandes responsáveis pela conquista da medalha de ouro no Pan-Americano de Santo Domingos, República Dominicana. Nesse mesmo ano, a atacante ajudou o Brasil a terminar a Copa do Mundo dos Estados Unidos na 4ª colocação.
Seu desempenho em torneios com âmbito internacional fez com que os suecos do Umea IK Fotbol se interessassem pelo seu futebol e lhe contratassem no início de 2004. 2004, inclusive, foi o ano de glória para Marta. A alagoana reala Marta. A alagoana realizou uma excepcional Olimpíada e ao lado de Cristiane liderou a jovem equipe brasileira até a surpreendente final. Na decisão, o Brasil sufocou os Estados Unidos, e por pouco, não saiu de campo com a vitória.
O show de Marta rendeu-lhe uma indicação ao prêmio de melhor jogadora no ano. Era a reafirmação de que Marta realmente tinha virado uma estrela de nível mundial. A terceira colocação em 2004 e a vice-colocação em 2005 amadureceram a atleta o suficiente para que nesse ano, ela se tornasse a melhor jogadora de futebol no mundo, ficando na frente da norte-americana Kristine Lilly e da alemã Renate Lingor.
Ainda assim, muitos dirão que há certo exagero em minha colocação. Não acredito.
Afinal, todos sabem que no Brasil a mulher já é discriminada pela sociedade em seu cotidiano. Quando o assunto é futebol, então, esse preconceito toma proporções ainda maiores. Existe um grande entrave conservador entre torcedores, jornalistas e comentaristas que legitima a velha frase: “Futebol é um esporte viril, másculo, coisa para homem”.
A conquista de Marta congratula uma atleta que com apenas 20 anos de idade, lutou contra tudo e contra todos para realizar seu sonho de praticar futebol e ganhar reconhecimento mundial em uma modalidade inexistente no Brasil (sim, apesar da medalha de prata do futebol feminino nas Olimpíadas de 2004, não existe nenhum campeonato nacional para as mulheres). O descaso brasileiro faz com que percamos nossos jovens valores e deixemos de incentivar futuras promessas.
"Eu não vejo no futebol internacional, acredite em mim, ninguém melhor que ela". (Andrée Jeglertz, técnico do Umea).
"Foi bonito ver avanços de zagueiras ao ataque, jogadoras de meio-de-campo armando jogadas bem à frente, e, no ataque, uma número 10 chamada Marta, só de 19 anos de idade, só 1,61 m, zigue-zagueando e dançando no meio das zagueiras americanas". (George Vecsey, repórter esportivo do New York Times, descrevendo a final das Olimpíadas de 2004).
"Marta é uma das melhores que já vi jogar. Ela é a 'coisa real'". (Mia Hamm, lendária jogadora norte-americana que venceu o prêmio de melhor jogadora em duas oportunidades).
Atualmente Marta atravessa ótima fase: fez 33 gols no decorrer da temporada. Seu time, o Umea é bi-campeão europeu e bi-campeão sueco, sendo que este último título nacional fora conquistado com 4 rodadas de antecipação. Está há quase 50 jogos invicto. Tanto prestígio garantiu ao Umea a condição de disputar o Mundial Interclubes, em abril, contra as inglesas do Arsenal.
Um comentário:
Marta deve ser aplaudida pois ela não teve apoio algum dentro do brasil e mesmo assim, conseguiu se destacar nos gramados.
Que a conquista de MArta abra uma nova porta ao combalido e quase amador futebol feminino no Brasil...
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