A Copa da Alemanha trouxe a tona uma nova realidade para o Futebol mundial. Várias seleções disputaram a competição com jogadores que nasceram em outro país. Foram os casos de Portugal, Tunísia, Alemanha, Japão, entre outras equipes, incluindo a campeã Itália. É bem verdade que isso já havia ocorrido em outras copas, mas em 2006, o números de jogadores naturalizados foi mais expressivo. Carlos Galo, goleiro titular da seleção brasileira na Copa de 1986, e atual treinador de goleiros do Noroeste, conversou sobre esse tema:
Opinião FC – Como você enxerga essa nova tendência?
Carlos – Apesar da escolha desses jogadores transparecer uma certa falta de patriotismo, creio que não podemos deixar de pensar no projeto pessoal que uma copa do mundo representa. Todos os atletas naturalizados que disputaram a copa, sem exceção, dificilmente teriam a chance de jogar por seus países natal. É o caso do Marcos Sena, do Deco, e, principalmente, do Alex Santos, que jogou pelo Japão. São profissionais que se dispuseram a trabalhar em outras regiões do mundo, e foram acolhidos e respeitados de uma forma que não seriam nos locais onde nasceram. Por esses motivos, concordo com a decisão que tomaram.
Opinião FC - De 1980 a 1990 você jogou no futebol turco e houve interesse, por parte do clube, em naturalizá-lo. Se isso acontecesse, você aceitaria defender as cores da Turquia?
Carlos – Quando joguei no exterior, recebi um tratamento muito especial das pessoas que tive contato, e por isso, procurei dignificar a camisa de meu clube. É difícil responder essa pergunta depois de tanto tempo. Se esse convite ocorresse, poderia sim analisar a possibilidade. Pois sempre acredito que é mais valioso um atleta que dignifica a camisa de todos os times e seleções que veste, do que um que joga no mesmo time a vida toda, mas não corresponde com a honra e o amor esperado. E essa falta de gana pode ser vista todos os dias nos gramados.
Opinião FC - Na copa do mundo, a derrota do Brasil para a França acabou denotando exatamente essa falta de espírito de alguns jogadores. Como você viu o episódio?
Carlos – Senti que esse ano o que faltou ao Brasil foi uma falta de vontade coletiva, que acabou resultando em um time apático em campo, que não se impôs em nenhum jogo para valer. Diferentemente do que ocorreu em 86, quando tínhamos uma equipe repleta de jogadores sedentos pelo título. O problema é que aquele esquadrão não conseguiu formar um time unido dentro e fora de campo. Foi como se cada um buscasse a vitória de forma individual. Portanto, independente de qual seja o time, tenho para mim que o importante no Futebol é a união do grupo em busca do mesmo objetivo, independente de haver ou não um estrangeiro no elenco.
Opinião FC – Como você enxerga essa nova tendência?
Carlos – Apesar da escolha desses jogadores transparecer uma certa falta de patriotismo, creio que não podemos deixar de pensar no projeto pessoal que uma copa do mundo representa. Todos os atletas naturalizados que disputaram a copa, sem exceção, dificilmente teriam a chance de jogar por seus países natal. É o caso do Marcos Sena, do Deco, e, principalmente, do Alex Santos, que jogou pelo Japão. São profissionais que se dispuseram a trabalhar em outras regiões do mundo, e foram acolhidos e respeitados de uma forma que não seriam nos locais onde nasceram. Por esses motivos, concordo com a decisão que tomaram.
Opinião FC - De 1980 a 1990 você jogou no futebol turco e houve interesse, por parte do clube, em naturalizá-lo. Se isso acontecesse, você aceitaria defender as cores da Turquia?
Carlos – Quando joguei no exterior, recebi um tratamento muito especial das pessoas que tive contato, e por isso, procurei dignificar a camisa de meu clube. É difícil responder essa pergunta depois de tanto tempo. Se esse convite ocorresse, poderia sim analisar a possibilidade. Pois sempre acredito que é mais valioso um atleta que dignifica a camisa de todos os times e seleções que veste, do que um que joga no mesmo time a vida toda, mas não corresponde com a honra e o amor esperado. E essa falta de gana pode ser vista todos os dias nos gramados.
Opinião FC - Na copa do mundo, a derrota do Brasil para a França acabou denotando exatamente essa falta de espírito de alguns jogadores. Como você viu o episódio?
Carlos – Senti que esse ano o que faltou ao Brasil foi uma falta de vontade coletiva, que acabou resultando em um time apático em campo, que não se impôs em nenhum jogo para valer. Diferentemente do que ocorreu em 86, quando tínhamos uma equipe repleta de jogadores sedentos pelo título. O problema é que aquele esquadrão não conseguiu formar um time unido dentro e fora de campo. Foi como se cada um buscasse a vitória de forma individual. Portanto, independente de qual seja o time, tenho para mim que o importante no Futebol é a união do grupo em busca do mesmo objetivo, independente de haver ou não um estrangeiro no elenco.
2 comentários:
Parabéns!! Ficou excelente esse Blog!!!
Parbens amigos. Começamos com o pé direito!
Grande entrevista Felipe.
Abraço, Jota
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