Com a contratação do meia Jorge Vágner pelo Real Bétis da Espanha e a posterior compra do atacante Rafael Sóbis , surge uma dúvida no ar envolvendo a diretoria do Internacional e os dirigentes espanhóis: será que veto dado pelo presidente do Bétis, José Leon , que tirou o centro avante Ricardo Oliveira da final da Taça Libertadores da América, não estaria ligado a uma transação articulada nos bastidores pelos dois clubes?
Não há dúvidas que os gaúchos saíram beneficiados com a ausência do atleta no confronto contra o São Paulo e que a sua substituição por Aloísio facilitou o trabalho dos zagueiros colorados. A novela que envolveu a liberação ou não do jogador teve características de uma queda de braço envolvendo a diretoria tricolor e o presidente do time espanhol.
Leon manteve sua palavra desde o termino do contrato de Oliveira e não abriu mão de sua reapresentação imediata em Sevilla.Foi deixado de lado o fato do jogador ter chegado no CT da Barra Funda vítima de uma contusão em um jogo da Liga dos Campeões da Europa contra o Chelsea, em novembro de 2005. Ricardo, que sofreu uma cirurgia no joelho, teve no São Paulo um dos melhores tratamentos fisioterápicos do mundo, como ele mesmo enfatizou, sendo tudo isso de graça, como esta previsto em um convênio que a equipe paulista possui com vários clubes da europa.
Ao invés de mostrar decência e gratidão pelo clube que recuperou e deixou seu atleta 100% para retornar, O Bétis preferiu agir de má fé , mostrando-se mesquinho e pequeno.Impedir que Ricardo Oliveira jogasse a final foi o primeiro passo dado no abismo moral em que Jose Leon estava atirando sua gestão. As declarações dadas por ele ameaçando punir o jogador insitaram a torcida, que apoiou quem? Seu presidente, lógico.
O atleta ficou manchado no clube por um fato em que foi apenas uma vítima de uma adminstração sem princípios éticos.O segundo passo de Leon foi a rápida contratação do meia Jorge Vágner. O Inter até que tentou desmentir mas tudo já parecia comininado. O terceiro passo foi até mais óbvio que o segundo: a compra de Rafael Sóbis. O atacante era de sobra o preferido da lista de reforços do Bétis , e mesmo fazendo doce, também acabou indo para Sevilla embrulhado num pacote vermelho.O que ainda não havia sido definido era o que se fazer com Ricardo Oliveira. Isso logo foi resolvido.
Com o jogador recuperado e em forma, foi fácil negocia-lo, já que estava descontente com a situação criada no clube. Sua transferência para o Milan pôs um ponto final na discussão deixando muita poiera no ar. O Inter engordou seus cofres com as duas negocições; o Bétis, mesmo negociando Oliveira com o Milan, se reforçou com a chegada dos dois brasileiros e a compra do atacante alemão David Odonkor e o meia Vogel da Suíça. Ambos clubes deixaram a ética de lado para benefício próprio. Azar do São Paulo, que ficou no meio da negociata e acabou desfalcado na decisão que lhe rendeu a derrota da Libertadores 2006.
2 comentários:
Realmente, as contratações do Bétis só comprovam essa teoria...O Presidente do Bátis é muito burro mesmo, até pq o Ricardo Oliveira vale muito mais do que os dois jogadores juntos...Mas fazer o que??? Sorte do Inter, campeão da Libertadores!!
Bacana a relação que vc expôs...
Mas no futebol de hj, quem tem ética?
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