12.4.14

Restam três

Após o término da primeira fase da Copa Libertadores de 2014, uma ingrata surpresa: dos seis representantes brasileiros, apenas três avançaram para a fase de “mata-mata” no torneio.  E muito se engana quem acredita que os brasileiros terão vida fácil. Confira o Raio-X dos adversários de Grêmio, Atlético Mineiro e Cruzeiro.

Grêmio vs San Lorenzo 

Apesar dos gremistas possuírem um time muito mais equilibrado, a frieza dos números não representa a real dificuldade da partida. Atual campeão do Apertura 2013 e líder do Clausura 2014, o San Lorenzo possui uma equipe que mescla experiência de renomados atletas com a juventude de jogadores promissores. Que diga o Botafogo... 

Club Atlético San Lorenzo de Almagro 

Melhor participação na Libertadores: Semifinalista (1960, 1973 e 1988) 

Atual Campanha: 6J-2V-2E-2D-6GP-5GC – 2º Colocado no Grupo 2 com 8 pontos 

Time-base – 4-2-3-1: Torrico; Bufarini, Carlos Valdés (Cetto), Gentiletti e Más; Mercier e Ortigoza; Romagnoli (Villalba), Piatti e Ángel Correa; Blandi (Mauro Matos). Técnico: Edgardo Bauza. 

Ele é o cara! Ignacio Piatti é o atleta com maior bagagem internacional dos cuervos. Decisivo, costuma chamar a responsabilidade nos momentos difíceis. Foram dele os dois gols heroicos que classificaram o time de Almagro. 

O homem-gol: Apesar de ter marcado apenas uma vez no torneio, Blandi é o típico centroavante que se movimenta muito e abre espaços para quem vem detrás. Ex-Boca Juniors, já marcou 5 gols com a camisa azulgrana.

Olho nele! O prata-da-casa Ángel Correa, com apenas 19 anos, é titular absoluto do San Lorenzo. Habilidoso e velocista, tem um estilo de jogo agudo, semelhante ao de seu compatriota Kun Aguero.  

Pontos fortes: Possui um quarteto de ataque muito forte, com vários atletas perigosos. Mercier e Ortigoza marcam muito bem e passam tranquilidade ao time. A paixão da torcida e a pressão que ela exerce no El Nuevo Gasómetro motivam os jogadores. 
  
Pontos fracos: Bufarini e Más são muito ofensivos e deixam espaços nas suas subidas ao ataque. A zaga não é tão alta e sofre em jogadas aéreas. Apesar de tradicional, o time do papa Francisco vive o fantasma de nunca ter vencido o torneio.

Atlético Mineiro vs Atlético Nacional 

Longe de encantar os torcedores, como em 2013, o Atlético jogará contra o Atlético Nacional, bicampeão colombiano.  Trata-se de uma equipe técnica, que sabe jogar no contra-ataque. Não à toa, eliminou o poderoso Newell’s Old Boys em Rosário. E convenhamos, o time de Medellín é melhor do que todos os outros adversários que o Galo enfrentou na fase anterior... 

Club Atlético Nacional S. A.

Melhor participação na Libertadores: Campeão (1989) 

Atual Campanha: 6J-3V-1E-2D-7GP-8GC – 2º Colocado no Grupo 6, com 10 pontos 

Time-base – 4-3-2-1: Armani; Bocanegra, Medina, Murillo e Farid Díaz; Bernal (Arías), Mejía e Valencia; Cardona (Berrío) e Cárdenas; Juan Pablo Ángel (Duque). Técnico: Juan Carlos Osório. 

Ele é o cara! Cérebro do time, Mejía coordena todas as ações dos verdolagas em campo. Todas as bolas passam pelos pés do camisa 13, graças ao seu bom passe e grande capacidade de executar lançamentos em profundidade. 

O homem-gol: A idade é a maior inimiga de Juán Pablo Ángel. Com 38 anos, o atacante não realiza longas viagens e atua somente nos jogos em casa. Ainda assim, sabe posicionar-se na área e chuta com ambas as pernas. Oportunista nato. 

Olho nele! Com 21 anos, o ponta-de-lança Cardona destaca-se pelas fortes arrancadas e boa precisão nos arremates. Marcou gols pontuais nas vitórias magras frente ao Newell’s e ao Nacional. Peca pelo gênio explosivo, que lhe ocasiona expulsões e advertências.  

Pontos fortes: Time equilibrado, possui destaques em todos os setores: Medina na zaga, Mejía e Cárdenas no meio e Ángel e Cardona na frente. Tem um meio-campo compacto que contra-ataca com rapidez. Jogadas de bola parada são muito bem treinadas e quase sempre mortais. 

Pontos fracos: Armani é um goleiro meramente razoável e não passa segurança. Bocanegra e Díaz marcam mal e deixam muitos espaços nas alas. Apesar de habilidosos, os atacantes não vivem grande fase e perdem muitas oportunidades de gol.

Cruzeiro vs Cerro Porteño

Depois de passar pelo susto de quase ser eliminado na 1ª fase, o Cruzeiro enfrenta o Cerro Porteño, atual campeão nacional invicto. Apostando na força do conjunto e em nomes conhecidos (7 dos 11 titulares vieram das categorias de base), o Ciclón sonha com o título inédito, feito alcançado no Paraguai apenas por seus maiores rivais, o Olímpia. 

Club Cerro Porteño 

Melhor participação na Libertadores: Semifinalista (1973, 1978, 1993, 1998, 1999 e 2011) 

Atual Campanha: 6J-3V-1E-2D-10GP-9GC – 1º Colocado no Grupo 3, com 10 pontos 

Time-base – 4-4-2: Fernández; Bonet, Luís Cardozo, Ortiz e Alonso; Oviedo, Júlio dos Santos, Corujo e Óscar Romero; Ángel Romero e Guiza (Beltrán). Técnico: Francisco Arce. 

Ele é o cara! Júlio dos Santos é o motorzinho do time azul-grená. Ajuda tanto na marcação quanto na armação. Além disso, chuta bem de fora da área. É o artilheiro da competição até o momento, com 5 gols. 

O homem-gol: Veterano, o espanhol Dani Guiza atua como um verdadeiro pivô, saindo para tabelar e posicionando-se muito bem na área. Dono de um chute potente e um bom cabeceio, já marcou balançou as redes em 3 oportunidades. 

Olho nele! Eleito por jornalistas como o futebolista do ano em 2013, Ángel Romero destaca-se por suas jogadas individuais e pelo bom arremate. Ao lado de seu irmão gêmeo Óscar Romero é tido como uma das promessas da seleção guarani. 

Pontos fortes: Júlio dos Santos e Guiza vivem grande fase – juntos marcaram 8 gols no torneio. Possui um lado direito muito perigoso com Bonet e Corujo. Ambos são habilidosos e gostam de atuar pelos flancos do gramado. O time joga junto há tempos e é muito entrosada. 

Pontos fracos: Possui muitos jogadores jovens que podem oscilar em momentos decisivos. O meio-campo não tem muita “pegada” e peca por deixar os rivais muito à vontade. Não possui peças de reposição no banco de reservas.

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